Dor de cabeça tem cura, burrice, não: Weintraub inventa que nazistas criaram a aspirina, comercializada desde 1899

Atualizado em 1 de agosto de 2019 às 18:50
Ele gosta de aspirina, mas só a dos nazistas

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu entrevista à Jovem Pan na manhã desta quinta, dia 1º.

Além da ignorância arrogante sobre Paulo Freire, Weintraub mandou uma fake news idiota, para não perder o hábito.

Segundo ele, a aspirina foi feita pelos nazistas.

“E eu uso porque funciona”, disse, para justificar que a educação tem que ser baseada em “critérios científicos”.

Weintraub fez uma sinapse digna de sua capacidade intelectual.

Como o remédio é da Bayer e a Bayer é alemã, então é nazista.

Está lá no próprio site da empresa que a criação é de 1899:

Médicos, como Kurt Witthauer e Julius Wohlgemuth da Universidade de Leiden, realizaram os primeiros estudos clínicos com o ácido acetilsalicílico. 

O primeiro a publicar seus achados foi Witthauer no artigo “Aspirin ein neue Salicyl-preparat” – (“Aspirina, um novo preparado salicílico”). 

Estes primeiros estudos demonstraram que o ácido acetilsalicílico possuía uma eficácia analgésica no alívio da dor de cabeça, superior ao ácido salicílico. 

Foi Heinrich Dreser quem deu o nome de Aspirina®ao acetilsalicílico: O “A” vem de acetil, a segunda sílaba “spir” faz uma alusão a Spiraea ulmaria, nome científico da planta de onde pode se obter ácido salicílico, e por fim o sufixo “in”, comumente utilizado na época. 

Em 1º de fevereiro, o nome Aspirin® é submetida a registro de marca no Escritório Imperial de Patentes em Berlim. Em 6 de março o Escritório Imperial de Patentes em Berlim concede a Aspirina® o registro de marca comercial de número 36433. 

A Aspirina® começa a ser produzida na fábrica em Elberfeld, um distrito da cidade de Wuppertal, Alemanha.