Doria quer Rodrigo Garcia, do DEM, na cabeça de chapa com o PSDB para a disputa da prefeitura de SP

Atualizado em 31 de agosto de 2019 às 9:27
Doria, com Kassab e Rodrigo Garcia

Ao conseguir, ao menos no primeiro momento, emplacar a tese de que Bruno Covas deve abandonar a disputa da reeleição à prefeitura de São Paulo, o governador João Doria segue no seu plano de aplainar o terreno para seu candidato dos sonhos: o vice-governador Rodrigo Garcia, do DEM.

Desde que Gilberto Kassab declinou do primeiro escalão no governo (ia comandar o toma lá, dá, cá do Bandeirantes) para “se esconder da Justiça”, Rodrigo Garcia passou a acumular duas funções: a de zelador do Estado, responsável pela operação de atividades de infraestrutura, e de elo entre Doria e Marco Vinholi, que comanda o varejo com prefeitos do interior.

Rodrigo virou o candidato dos sonhos à prefeitura de São Paulo por representar a dobradinha que vem sendo gestada há tempos entre Doria e o DEM de Rodrigo Maia e ACM Neto.

Nesta semana, Maia deu declarações públicas afirmando que o caminho natural do DEM é a aproximação com os tucanos, e a indicação de Rodrigo é o sinal que João Doria devolve em direção ao Rio e à Bahia.
Só faltou combinar com os russos.

No PSDB, o ódio da militância contra ele virou uma coisa patológica: traiu Geraldo, está traindo Bruno e agora prepara a mesa para trair também a legenda, tirando dos tucanos o direito legítimo de concorrer à reeleição na condição de cabeça de chapa.