
Doze pessoas, entre elas crianças, morreram após dois homens armados com fuzis abrirem fogo na tarde de domingo na praia de Bondi, em Sydney, durante uma celebração judaica. O ataque ocorreu por volta das 18h40 (hora local), na Campbell Parade, próximo ao Bondi Pavilion, uma das áreas mais movimentadas da orla.
Testemunhas relataram que os atiradores desceram de um veículo e começaram a disparar de forma contínua contra o público. Há relatos de mais de 30 tiros. Imagens registradas no local mostram um dos homens atirando de uma ponte elevada, com ampla visão da faixa de areia e da área turística.
No momento do ataque, acontecia o evento “Chanukah by the Sea”, anunciado como uma celebração familiar do início do Chanucá. Crianças e famílias participavam da festividade quando os disparos começaram.
O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, confirmou as 12 mortes em entrevista coletiva na noite de domingo e afirmou que o ataque teve como alvo direto a comunidade judaica de Sydney. Segundo ele, a ação foi planejada para coincidir com o primeiro dia do feriado.
Até 25 pessoas ficaram feridas, incluindo dois policiais, e foram levadas a diferentes hospitais da cidade. Um dos atiradores foi identificado como Naveed Akram, de 24 anos, morador de Bonnyrigg, na região sudoeste de Sydney. Ele foi baleado, preso e permanece sob custódia, recebendo atendimento médico. O segundo atirador foi morto durante a ação policial.
As it first happened. Sent from a friend. #Bondishooting #Bondi @nswpolice pic.twitter.com/6qR1t3To7T
— Rhys Muldoon (@rhysam) December 14, 2025
A polícia isolou a área e encontrou itens suspeitos nas proximidades, incluindo um artefato explosivo improvisado, que passou a ser analisado por equipes especializadas. Uma bandeira preta e branca foi localizada sobre o capô de um carro abandonado, mas o significado do objeto ainda é desconhecido.
A residência de Akram, em Bonnyrigg, foi alvo de buscas, assim como outro endereço na região oeste da cidade. As autoridades pediram que a população evite a área enquanto as investigações continuam.
Entre os relatos de sobreviventes, Larisa Kleytman contou que o marido, Alex, foi morto ao tentar protegê-la. Casados há 50 anos, eles haviam ido a Bondi para celebrar o Chanucá. “Acho que ele foi atingido porque se levantou para me proteger. Levou o tiro na parte de trás da cabeça”, afirmou. O casal imigrou da Ucrânia e deixa dois filhos e 11 netos.
Outro testemunho veio de um turista inglês chamado Finn, que fazia uma chamada de vídeo com a família em Londres no momento do ataque. Ele disse ter confundido os primeiros sons com fogos de artifício antes de ver um homem atirando de dentro de um carro e uma mulher idosa caída no chão.
Remarkable. That’s the true Australian spirit. pic.twitter.com/HI8Pu6wmLI
— Craig Kelly:🇦🇺Foundation for Economic Education (@craigkellyAFEE) December 14, 2025