É a hora das bruxarias. Por Moisés Mendes

Atualizado em 10 de dezembro de 2024 às 23:10
O presidente Lula ao lado do marqueteiro Sidônio Palmeira. Foto: Ricardo Stuckert

 

Esclarecimento do ministro Paulo Pimenta em entrevista a Igor Gadelha, do site Metrópoles:

“Eu não sou um publicitário, eu não sou um marqueteiro. O presidente sempre teve secretários da Secom, mas o governo também contou com profissionais como João Santana e Duda Mendonça. Sidônio é uma pessoa muito qualificada, em quem o presidente confia e eu também confio”.

Pelo que se ouviu e leu até aqui, talvez alguns integrantes do governo imaginem mais do que um marqueteiro para substituir Pimenta na Secom. Que seria o publicitário Sidônio Palmeira.

Estão atrás de um bruxo que produza a mágica de melhorar não só a imagem do governo, mas a imagem geral das esquerdas. Porque a crise geral é de comunicação das esquerdas. Que vai além da comunicação formal e mesmo em redes. Passa pelo déficit de ação política.

Esperam por um bruxo marqueteiro que faça o que o jornalismo não consegue mais fazer e muito menos a propaganda clássica, para divulgar o que o governo faz e para reabilitar as mensagens das esquerdas.

O momento, para alguns, exige bruxarias na área da comunicação. Com um detalhe. Nenhum governo do PT teve até hoje a Secretaria de Comunicação sob os cuidados de um marqueteiro. Talvez nem o governo de Bolsonaro, que teve vários nomes na Secom, das mais diversas áreas.

Mas bruxos existem e estão no mercado, voando baixo em suas vassouras turbinadas.

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RESSENTIMENTOS

Reportagem da Folha de S.Paulo sobre a cirurgia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

A Folha de S. Paulo já está tentando antecipar a saída de Pimenta, certamente porque o bucho insaciável da empresa continua pedindo mais e mais verbas publicitárias.

Esta é uma das chamadas de capa, sobre a cirurgia de Lula:

“Ministro demissionário diz em live que cirurgia ocorreu de forma absolutamente normal”

Claro que chamar o ministro de demissionário é uma forma de desqualificar o ocupante da Secom.

A Folha, para que ninguém esqueça e para que saibam que ainda estamos aqui, foi colaboracionista juramentada da ditadura.

Publicado originalmente no “Blog do Moisés Mendes”

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