É hora de votar em defesa dos nossos direitos e pela democracia brasileira. Por Eliana Brasil

Atualizado em 19 de outubro de 2018 às 23:36
Fernando Haddad. Foto: Ricardo Stuckert

POR ELIANA BRASIL, presidenta do Sindicato dos Bancários de BH e Região

Mais do que nunca, o que está em jogo, no segundo turno das eleições do próximo dia 28 de outubro, é o projeto político que queremos para o Brasil. É o futuro dos trabalhadores, da sociedade e da democracia brasileira.

Por isso, temos que nos mobilizar em defesa dos nossos direitos e alertar os bancários e demais trabalhadores brasileiros sobre quem apoiou a reforma trabalhista, que acabou com direitos históricos conquistados com muita luta durante décadas. Quem votou a favor da terceirização irrestrita, que coloca em risco o emprego da categoria bancária e de outras categorias. Quem apoiou o congelamento dos investimentos em educação, saúde, segurança e políticas sociais.

O deputado federal e candidato à presidência Jair Bolsonaro apoiou esses ataques do governo Temer, que retiraram direitos dos trabalhadores. No Congresso, ele votou a favor de todas essas duras medidas contra a população.

Agora, o seu plano de governo prevê o aprofundamento destes ataques. Bolsonaro propõe, por exemplo, a criação de uma carteira de trabalho verde e amarela para os que estão entrando no mercado de trabalho. Com ela, trabalhadores negociarão individualmente com os patrões. Nesta situação, ou aceitam o que os empresários mandam ou perdem o emprego. Os patrões terão total autonomia para retirar direitos.

Além disso, o candidato já se posicionou contra a licença-maternidade e também justificou que a gravidez é responsável pela diferença salarial entre homens e mulheres. Já o candidato a vice de Bolsonaro se manifestou contra o 13º salário e o abono de férias.

Propõe ainda um amplo programa de privatizações no setor público. Segundo o candidato, seriam 50 empresas entregues ao mercado financeiro ou completamente extintas só no primeiro ano de governo. Além de colocar em risco o emprego de muitos brasileiros, a medida prejudica o desenvolvimento e coloca setores estratégicos do país nas mãos de empresários que visam apenas o lucro, e não o bem-estar da população.

Em relação à reforma da Previdência, Bolsonaro quer o fim da contribuição patronal e a capitalização da aposentadoria. Esse mesmo modelo, no Chile, fez com que 90% dos aposentados recebam somente meio salário mínimo. Isso provocou, inclusive, aumento no índice de suicídio entre idosos chilenos.

Essas são apenas algumas das propostas que irão retirar direitos históricos conquistados pelos trabalhadores brasileiros. Daí a importância de unirmos todas as nossas forças para garantir a eleição de um presidente comprometido com a justiça social do nosso país. Que tenha à frente um projeto de nação que garanta as conquistas obtidas, impedindo o aprofundamento dos ataques contra a população, priorizando o desenvolvimento sustentável, o crescimento econômico com inclusão, o fortalecimento dos movimentos populares, a democratização do Estado e o aperfeiçoamento das instituições democráticas.

Por tudo isso, é fundamental eleger Fernando Haddad para a presidência da República.