‘É vingança’: moradores do Guarujá e movimentos sociais denunciam execuções e pedem saída de policiais

Atualizado em 2 de agosto de 2023 às 23:49
Protesto pede o fim da Operação Escudo, deflagrada após a morte de um policial. Foto: Gabriela Moncau

Publicado originalmente no “Brasil de Fato”

“Não é operação, é vingança”. “Chacina no Guarujá: execuções e tortura”. “Parem de nos matar! O povo quer viver”. As faixas foram erguidas em um protesto nesta quarta-feira (2) que reuniu cerca de 200 pessoas no distrito Vicente Carvalho, no Guarujá (SP). Movimentos de familiares de vítimas da violência do Estado, parlamentares e moradores de comunidades da Baixada Santista sob ocupação da Polícia Militar (PM) reivindicam a interrupção imediata da Operação Escudo.

Deflagrada na última sexta-feira (28), a megaoperação policial é uma resposta à morte do soldado Patrick Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), na última quinta (27). Até agora, de acordo com a Ouvidoria das Polícias, ao menos 15 pessoas foram mortas pelos agentes estatais. Moradores das comunidades contabilizam 19.

“Essas são operações de morte. A gente vê os crimes de maio voltando à cena”, definiu Débora Silva durante o ato, se referindo aos crimes de maio de 2006, quando a polícia matou cerca de 500 pessoas em nove dias, originando o Movimento Independente Mães de Maio, da qual é uma das fundadoras. “É o Estado produzindo uma violência contra a sociedade. A política do extermínio não deu certo, não vai dar”, sintetizou.

Depois de negar excessos e afirmar estar “extremamente satisfeito” com o “profissionalismo” da PM, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou, na última terça (1), que “não existe combate ao crime sem efeito colateral”. Apesar de, segundo o governo paulista, os autores dos disparos que mataram o soldado Reis terem sido detidos, a previsão é que a Operação Escudo dure, no mínimo, 30 dias.

O governador e o secretário de Segurança Pública, o policial militar Guilherme Derrite (PL), chamam de “narrativa” as denúncias de tortura e execuções e afirmam que as mortes foram decorrentes de “confronto”. Não é o que dizem moradores das comunidades.

“Não tem confronto”

Cláudia* chegou ao protesto poucas horas depois de enterrar seu tio, morto pela PM na última sexta (28). Evandro da Silva Belém, conhecido na quebrada como “Meu bom, tinha 35 anos. Segundo o relato de sua sobrinha, estava recolhendo entulho quando policiais chegaram. Alguns saíram correndo. Ele não.

“Ele não correu porque não devia nada. Arrastaram para um beco e mataram. Ele deixou duas filhas”, contou Cláudia, mostrando o braço arrepiado ao falar do tio. “Quer dizer que porque a gente é pobre, tem que ser tratado desse jeito?”, se indigna. “Não é operação, é opressão”, resume.

Anita*, amiga de Evandro, conta que a família, desesperada, não conseguia se aproximar do corpo. A confirmação de sua morte levou horas. “Mataram ele às 15h, o IML [Instituto Médico Legal] chegou 19h. A família toda chorando, querendo informação, ninguém falava”, relata.

“Eles entram na comunidade apavorando os moradores, fala que foi troca de tiro com a polícia e fica por isso mesmo. A gente está assustada, eu mesma estou com medo de dormir até no meu quarto”, diz Anita, moradora da comunidade da Prainha. “Não encontro palavras para dizer o que a gente está sentindo nesse momento. Entraram na casa da minha irmã, com criança, apavorando”, descreve.

Moradores de comunidades da Baixada Santista relatam que, sob “clima de terror”, estão com medo de sair de casa depois que escurece. Foto: Gabriela Moncau

Laís*, moradora de Conceiçãzinha, outra comunidade alvo da operação, teve sua casa invadida sem mandado, com cachorro. À reportagem relatou que em tom de ameaça os policiais perguntaram quem tinha “passagem”, ou seja, antecedente criminal.  “[A Rota] chegou com muita brutalidade”, afirmou, dizendo que fez questão de comparecer na manifestação.

“A intenção deles é sempre saber se alguém tem ‘passagem’. Eles estavam entrando com bolsa de drogas porque a intenção é matar e depois alegar que foi troca de tiro, que era traficante”, narra.

Dois de seus amigos foram assassinados pela polícia nos últimos dias. “Não teve confronto. Eu faço a pergunta para o Estado: como é que um pai de família com duas crianças dentro de casa consegue trocar tiro com a Rota, gente? Ele tinha uma criança no colo”, afirma Laís.

Laís se refere ao pedreiro Cleiton Barbosa Moura, morto aos 24 anos com um tiro no peito. Seu outro conhecido, Felipe do Nascimento, de 22 anos, foi assassinado na comunidade de Morrinhos. Trabalhava como ambulante na praia de Astúrias. Segundo moradores da comunidade, foi possível ouvir seus gritos por horas antes de ele ser executado.

Aurora* mora há 37 anos na Prainha. “Nunca vi algo como o que está acontecendo agora”, garante. Viu a divulgação do ato no Facebook e compareceu com o marido e um de seus 6 filhos. “Estou amedrontada, oito da noite falo para meus filhos não saírem de casa, estão todos sendo enquadrados. A polícia está entrando com pé na porta nos barracos”, ressalta.

“Não vi confronto nenhum, isso é mentira. Eu sou moradora. E quando alguém morre, não deixam ninguém chegar perto. A morte do policial aconteceu perto da Vila Júlia, mas todas as favelas estão passando por essa opressão”, ressalta Aurora.

Com faixas, gritos de ordem e falas reverberadas por um carro de som, a manifestação durou até o fim da tarde. Organizado por uma série de coletivos, entre os quais o Movimento Independente Mães de Maio, o Movimento Mães do Cárcere e a Rede de Proteção e Resistência contra o Genocídio, o ato lançou uma nota com a assinatura de quase 250 organizações (leia na íntegra abaixo).

O documento reivindica, entre outros pontos, a intervenção do ministro da Justiça Flávio Dino na cidade do Guarujá, a retirada dos policiais da Rota da cidade, a investigação de todas as mortes e a proteção das famílias das vítimas e de ativistas.

*Os nomes foram alterados para a preservação das fontes.

Confira a íntegra da nota:

Nós, Movimento Independente Mães de Maio, conjuntamente com outros movimentos sociais e de Direitos Humanos, ativistas e pesquisadores nacionais e internacionais, vimos através desta nota REPUDIAR O SALDO NEGATIVO DE EXECUÇÕES DE CIVIS NA OPERAÇÃO ESCUDO DA POLÍCIA, NA CIDADE DE GUARUJÁ, BEM COMO EXIGIR SUA IMEDIATA RETIRADA DA CIDADE, ENTRE OUTROS PEDIDOS DE PROVIDÊNCIAS. A referida operação foi deflagrada no dia 28 de julho de 2023, por decisão da Secretaria de Segurança Pública e do governador Tarcísio de Freitas do estado de São Paulo, na cidade de Guarujá, São Paulo, com o aparato de 3 mil policiais militares, como respostas a morte do soldado Patrick Reis, da ROTA. 

Após a deflagração da megaoperação, já no segundo dia, o saldo de mortes de civis chegou a 10 pessoas executadas. Dados do Boletim de Ocorrência e de parte da imprensa noticiou o terror praticado por policiais encapuzados e favelas sitiadas com viaturas e soldados, com parte deles encapuzados praticando violência no interior de casas e barracos e nas ruas. Moradores apavorados denunciaram o terror que estão sendo submetidos. Famílias com crianças especiais, especialmente espectro de autismo sendo aterrorizadas com barulhos de bombas e tiros; homens executados dentro de suas casas na presença de familiares, inclusive de crianças recém-nascidas; ameaças e torturas, execuções e constrangimentos contra as pessoas de territórios racializados e vulneráveis.  Os bairros Vila Baiana, Vila Edna e vila Ligia são os que mais tiveram denúncias de violência policial.  Desde o dia primeiro dia de operação que o Movimento Independente Mães de Maio recebeu várias denúncias, áudios e vídeos com pedidos de socorro por parte de mães ameaçadas, agredidas e mortes de familiares.   

Causa espanto a SSPSP não esclarecer a morte do soldado e viabilizar o efetivo das polícias para “vingar” a morte do referido soldado. Ano passado a mesma SSP registrou 00 mortes de soldados em supostos confrontos. O que está por trás deste extermínio autorizado pelo governo fascista de São Paulo? 

Registra-se que, quando a SSPSP deflagrou a Operação Escudo, o Movimento das Mães de Maio, saindo a frente, solicitou ajuda a diferentes órgãos de defesa da sociedade. Atuante também em diversos grupos de WhatsApp, bem como com participação ativa em diversas organizações de Direitos Humanos, o Movimento clamou por socorro e alertou sobre a ação sanguinária da ROTA nos territórios. O silêncio sepulcral por parte da esquerda policialesca, o silêncio das comissões da OAB, dos movimentos de Direitos Humanos, dos movimentos feministas, de setores do movimento negro, e, sobretudo, o silêncio da Ouvidoria da Polícia de São Paulo, que tem o dever de acompanhar esse tipo de operação, foram convertidos como instituições e movimentos coniventes com a ação genocida da polícia fascista de São Paulo, acobertada pelo governo do Tarcísio de Freitas. 

Por isso REPUDIAMOS a ação racista desta operação e a decisão da Secretaria e do governo de São Paulo, uma vez que São Paulo se configura como um dos piores exemplos para o nossos país em casos de violência policial. Só para ter uma ideia os números de violência aumentaram, entre janeiro e fevereiro, de 59 casos para 74 casos, em 2023, em referência ao ano de 2022. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública afirma que 84% daquelas vítimas executadas pela polícia eram pessoas negras. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, indica também que 1 de cada 5 mortes violentas intencionais no estado de São Paulo foram praticadas por agentes das instituições de segurança pública, em 2020. Um relatório da Ouvidoria das Polícias demonstrou que, no ano de 2017, 65% das pessoas mortas pelas polícias eram negras, e 76% das vítimas tinham atingido apenas o ensino fundamental completo. Além disso, o Brasil também é vergonha para o mundo pelos altos níveis de violência praticada pela polícia. Em 2021, mais de 6.000 pessoas foram mortas pelas forças policiais dos estados.  Isso corresponde a 12,7% de todas as mortes violentas intencionais no país. 

ISSO É GRAVE E TOTALMENTE EM DESACORDO COM A NOSSA CARTA CONSTITUINTE QUE PREVÊ O DIREITO À VIDA COMO CLÁUSULA PÉTREA, NO SEU ARTIGO 5º. 

Até quando as autoridades que deveriam zelar pela segurança pública de todes seguirão promovendo o extermínio das pessoas negras e faveladas, anistiando policial assassino e reintegrando-os em seus cargos, enquanto as famílias são jogadas aos escombros das favelas, sem nenhum direito garantido? REPUDIAMOS A ATITUDE RACISTA DO GOVERNADOR TARCISIO DE FREITAS E DO SECRETARIO DE SEGURANÇA PÚBLICA POR ESTA OPERAÇÃO PLANEJADA PARA EXTERMINAR PESSOAS NEGRAS E FAVELADAS NUMA CLARA LIMPEZA ÉTNICA!

O Brasil tem uma ferida aberta desde o fatídico mês de maio de 2006, quando ocorreram uma das maiores chacinas de São Paulo – OS CRIMES DE MAIO. Este massacre poderia ter sido evitado, muitas mães não teriam sucumbido nestes 17 anos de opressão e negligência, impunidade, e de anistia a policiais assassinos, que encapuzados executaram mais de 500 jovens negros e pobres nas periferias de São Paulo. A cidade de Guarujá, vista como a pérola do atlântico, foi um dos principais palcos daquela chacina em 2006, com a atuação da polícia nos rincões das favelas, desde o morro da vila baiana à favela do caixão. São estes os territórios criminalizados que são habitados por uma grandiosa parte da população do Guarujá. Nem igreja, nem organizações de Direitos Humanos, tampouco setores das instituições se posicionaram contra aquele massacre. Ao contrário, foram omissas e até hoje não há quaisquer respostas sobre os crimes de maio. 

Dessa forma, REPUDIAMOS ESTA OPERAÇÃO LIMPEZA ÉTNICA que, nos coloca em perigo numa contabilidade macabra onde, para cada 01 policial executado, 10 civis devem morrer. 

Solicitamos, em caráter de urgência, providencias nos seguintes termos: 

1. intervenção IMEDIATA do Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, na cidade de Guarujá;
2. Imediata retirada das tropas da ROTA da cidade de Guarujá e esclarecimento dos óbitos;
3. Liberação e publicidade dos procedimentos instaurados sobre as mortes de civis e do policial executados para esclarecimento;
3. Proteção dos familiares e ativistas das comunidades de Guarujá e outras cidades da baixada em que a operação atua;
4.Publicidade imediata dos termos da Operação Escudo, seu objetivo e resultado;
5. Retirada do ar da página do soldado Ranieri das redes sociais, uma vez que é explicita a disseminação de ódio e ameaças de morte das pessoas nas comunidades;
6. Posicionamento da Ouvidoria da polícia e publicidade das tomadas de decisão sobre a Operação desde o seu início, no dia 28 de julho de 2023.

São Paulo, 31 de Julho de 2023

Assinam esta nota:

  1. Movimento Independente Mães de Maio
  2. Coletivo Autônomo de Mulheres Pretas
  3. Coletiva Luana Barbosa
  4. Associação Cultural El Chontadouro
  5. Rede de Proteção de Resistência Contra o Genocídio
  6. Associação Brasileira de Psicologia Social – Regional São Paulo
  7. Frente Estadual pelo Desencarceramento SP
  8. Promotoras Legais Populares
  9. Aquilombamento das plps pretas do estado de São Paulo
  10. Associação de Moradores do Bairro São Manoel
  11. Centro de Direitos Humanos e Educação Popular do Campo Limpo CDHEP
  12. Iniciativa Brasilianas
  13. Vereadora Débora Camilo
  14. Coletivo Feminista Classista Antirracista Maria vai com as Outras
  15. PLPs de Santos
  16. Fórum da cidadania de Santos/SP
  17. Fórum em Defesa da Vida
  18. Luta Popular
  19. RUA juventude anticapitalista
  20. Amparar
  21. Comitê Popular de Luta Atitude 13
  22. Sindicato dos Advogados de São Paulo
  23. Comunidade Cultural Quilombaque
  24. Coletivo autônomo de mulheres pretas ADELINAS
  25. Coletivo Paratodos
  26. Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT)
  27. Coletivo Por Nós
  28. RENFA
  29. Somando na Quebrada
  30. Centro dos Estudantes de Santos e Região (CES)
  31. União da Juventude Socialista (UJS)
  32. Mandato estadual Movimento Pretas
  33. Mandato Deputada Estadual Ediane Maria
  34. Mandato Estadual Bancada Feminista
  35. Mandato Deputado Estadual Eduardo Suplicy
  36. RAÍZES 88
  37. Mandato Telma de Souza
  38. Coletivo Juntas!
  39. Minha Sampa!
  40. Movimento Vidas Presas Importam
  41. Movimento Mães do Cárcere
  42. Rede Emancipa
  43. Somando na quebrada
  44. Despejo Zero
  45. Movimento Mães em Luto da Leste
  46. Observatório do Trauma Psicopolítico
  47. Caio Martinez Pacheco – Presidente do Conselho Municipal de Cultura de Santos – Diretor da sated-SP
  48. Comitê do Bem Viver Antirracista – Ubatuba/SP
  49. SOS RACISMO – ALESP
  50. Movimento de familiares das vítimas do massacre em Paraisópolis
  51. Coletivo Plantadeiras de Semente Boa
  52. Ivone – Leste Negra
  53. Associação de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade – MG
  54. Matada Quilombo Periférico
  55. Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão DiV3rso: Saúde Mental, Redução de Danos e Direitos Humanos da Unifesp Baixada Santista
  56. MDF – Movimento De Defesa das Favelas
  57. Movimento Vidas Negras com Deficiência Importam
  58. Círculo Palmarino
  59. Coordenação Nacional de Entidades Negras – CONEN
  60. Coletivo Mães de Maio do Nordeste
  61. Mães da Periferia do Ceará
  62. Mães de Maio da Zona Leste
  63. Mães de Maio da Amazonas.
  64. Mães de Manguinhos (RJ)
  65. Mães da Maré (RJ)
  66. União de Negras e Negros Pela Igualdade (Unegro)
  67. Grito dos Excluídos- Baixada Santista
  68. Mandato Vereador Chico Nogueira PT Santos/SP
  69. Comitê Popular de Luta Mongaguá
  70. Família SP Visitantes
  71. Corporación Mujeres Libres – Colômbia
  72. Semana Tereza de Benguela – Baixada Santista
  73. Centro de Direitos Humanos da Baixada Santista Irmã Maria Dolores
  74. Marias do mandato coletivo – 1ª suplência
  75. ANDES – Sindicato Nacional
  76. Movimento Nacional de Direitos Humanos de São Paulo – MNDH/SP
  77. Secretaria Estadual Direitos Humanos PT/SP
  78. Associação de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade-MG
  79. Pastoral Carcerária Nacional
  80. Pastoral Carcerária da Arquidiocese de São Paulo
  81. Unificação das Quebradas
  82. Coletivo Marcha da Maconha Baixada Santista
  83. Associação Elas Existem – Mulheres Encarceradas
  84. Pastoral da Pessoa Idosa – Assis
  85. Libertas Cooperativa de Mulheres na Luta por um Mundo Sem Cárceres
  86. Instituto Resgata Cidadão
  87. 1ª Frente de Sobreviventes do Cárcere
  88. Associação Criola (RJ)
  89. Iniciativa Direito a Memória e Justiça Racial (RJ)
  90. Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (GAJOP)
  91. Movimento Enfrente
  92. Juventude Resistência Socialista
  93. Coletivo DiverCidade Itapetininga/SP
  94. CEDECA SAPOPEMBA
  95. MNLDPSR – Movimento Nacional de Luta e Defesa da População em Situação de Rua
  96. Fórum PopRua Baixada Santista
  97. Instituto Multiverso
  98. Coletivo AfroTu
  99. Mara Rubia Missionária Ativista
  100. Periferia segue Sangrando
  101. JPT São Vicente/SP
  102. ABRAPSO – Associação Brasileira de Psicologia Social
  103. Coletivo Donnas da Rua
  104. Jornal Vozes da Rua
  105. Coletivo Ser Humano Zona Leste
  106. Abrasme – Associação Brasileira de Saúde Mental
  107. Mães de Sorocaba
  108. Iniciativa Negra (SP)
  109. Plataforma Brasileira de Política de Drogas
  110. Comissão Justiça e Paz de São Paulo
  111. Grupo Tortura Nunca Mais/SP
  112. Coletivo Promotoras Legais Populares de Botucatu 
  113. União de Mulheres SP
  114. Campanha publicitária “Não parece. Mas é Racismo”
  115. Instituto Recomeçar
  116. Centro de Direitos Humanos Sapobemba/SP
  117. Coletivo Mães de Osasco
  118. MNU Baixada Santista
  119. Educação Núcleo Santos Valongo
  120. PDT Axé
  121. Marcha da Maconha de Joinville
  122. Marcha da Maconha de Curitiba
  123. Fórum de redução de Danos de Santa Catarina
  124. 8m/SC
  125. Instituto Mães do Amor (SC)
  126. SINDES – Sindicato dos(as) Trabalhares em Entidades Sindicais de 1⁰ e 2⁰ Graus. Associações Profissionais e Centrais Sindicais de
  127. Florianópolis e Região Sul
  128. Mandato Veradora Carla Ayres PT- Florianópolis/SC
  129. Esquerda Avaiana (SC)
  130. União Brasileira de Mulheres
  131. Frente Estadual pelo Desencarceramento Paraná
  132. Sindicato dos Bancários
  133. REDUC – Rede Brasileira de Redução de Danos
  134. Grupo Política Negra
  135. Educafro Núcleo Cubatão 
  136. Movimento Passe Livre SP
  137. Coletivo Bem Viver
  138. Rede de Comunidades e Movimento Contra Violência
  139. Movimento Candelária Nunca Mais
  140. Rede Nacional de Mães e Familiares de Vítimas de Terrorismo do Estado
  141. Frente Estadual pelo Desencarceramento RJ
  142. PCR Pastoral da Arquidiocese SP
  143. Educafro Regiobal Baixada Santista
  144. Coletivo Psicologia de Descolonização América Latina
  145. Associação Vila do Teatro
  146. FLIGSP – Fórum de Artes do Litoral, Interior e Grande São Paulo
  147. Frente Ampla pela Cultura da Baixada Santista
  148. Up Unidade Popular
  149. Trupe Olho da Rua
  150. Coletivo Semente
  151. Festival Santista De Teatro
  152. Cordão da Mentiea
  153. Movimento de Teatro de Grupos de SP
  154. Instituto Responsa
  155. CDH/BS Irmã Dolores
  156. Agenda Nacional pelo Desencarceramento
  157. Frente Estadual pelo Desencarceramento Amazonas
  158. Coletivo Familiares e Amigos de Presos e Presas do Amazonas
  159. Fórum da Cidade em Defesa das Pessoas em Situação de Rua/ SP
  160. APEOESP – Santos/SP
  161. Conselho Regional de Psicologia
  162. Deputada Estadual Thainara Faria – SP
  163. Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas
  164. CEP – Centro de Estudos Periféricos
  165. Clínica Psicológica  do Instituto Sedes Sapientiae
  166. Coletivo Catarinense Memória, Verdade, Justiça Derlei De Luca
  167. Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade – ANMIGA
  168. Movimento Nacional de Luta em defesa da População em Situação de Rua
  169. Coletivo Voz das Manas (SC)
  170. Mães pela Diversidade  (SC)
  171. Centro de Convivência É de Lei
  172. LANPUD – Red Latinoamericana y Del Caribe de Personas que usan Drogas
  173. Movimento de luta antimanicomial Amapá (núcleo MNLA)
  174. Fórum paulista da luta antimanicomial (Movimento de luta antimanicomial Amapá (núcleo MNLA) 
  175. Fórum paulista da luta antimanicomial (núcleo MNLA)
  176. Núcleo estadual do rio de janeiro do movimento nacional de luta antimanicomial (NEMLA RJ)
  177. ECOAR – Juventude Ecossocialista
  178. Rede de Matriz Africana
  179. Stop em Movimento Internacional
  180. Rede Lawfare Nunca Mais
  181. Coletivo Decolonialidade Mulheres em Pauta
  182. Coletivo Mulheres Negras no Front
  183. Secretaria de Mulheres do PT Santos – SEMU Santos
  184. Vereador Júnior Getúlio- Mauá/SP
  185. ASDPESP – Associação dos Servidores e Servidoras da Defensoria Pública do Estado de SP
  186. Fórum do Movimento Reggae/PA
  187. União Municipal dos Estudantes de Poá – UMEP
  188. Movimento Alvorada Sanfran
  189. Juventude Negra do PT (JN13)
  190. Fórum Justiça 
  191. PT Praia Grande/SP
  192. PT Mulheres Macro Região Baixada Santista
  193. Sindicato da Montagem Baixada Santista
  194. Comitê pela Democracia em Zurique
  195. ABJD – Associação Brasileira de Jurista pela Democracia 
  196. AFAPE – Associação de Familiares e Amigos de Presos e Egressos
  197. Rede jurídica pela Reforma da Política de Drogas
  198. ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays. Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos
  199. Instituto Memória e Direitos Humanos IMDH da UFSC (SC)
  200. Instituto Terra, Trabalho e Cidadania – ITTC
  201. Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, Seção São Paulo (SINASEFE-SP)
  202. Federação Nacional de Estudantes de Direito
  203. 8 M na Quebrada
  204. Periferia Segue Sangrando
  205. Núcleo de Direitos Humanos da Rede Emancipa
  206. Rede Emancipa de Educação Popular
  207. Batalha do Coreto de Ubatuba/SP
  208. Cia dXs Terroristas e Casa da F.U.R.I.A
  209. Coletivo Revolta da Lâmpada
  210. Mães da Leste
  211. LASCOL – Laboratório de Saúde Coletiva do Departamento de Medicina Preventiva/UNIFESP
  212. Sindlimpeza
  213. Coletivo Antirracista Ojú Obá
  214. N’zó Kyloatala
  215. Fórum de Mulheres Negras do Estado de São Paulo
  216. União da Juventude Comunista (UJC)
  217. Uneafro
  218. Instituto de Referência Negra Peregum
  219. Coletivo Bem Viver
  220. Liga Brasileira de Lésbicas
  221. Visibilidade Lésbicas de SP
  222. Fórum de Educação e Diversidade Étnico Racial do Estado de São Paulo/FEDER
  223. Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos
  224. Centro de Direitos Humanos de Sapopemba – CDHS
  225. Justiça Global
  226. Fórum Mineiro de Saúde Mental
  227. Frente Mineira Drogas e Direitos Humanos
  228. Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial – RENILA
  229. Mães De Maio  Movimento de Mães da AMAR
  230. Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões- SEMPRI
  231.  Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental de MG – ASUSSAM
  232. Instituto de Estudos da Religião
  233. Fórum de Educação e Diversidade Étnico Racial do Estado de São Paulo/FEDER
  234. Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões- SEMPRI
  235. Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental de MG – ASUSSAM
  236. Instituto de Estudos da Religião
  237. Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara – Baixada Santista (ABEFC BS)
  238. Proleg- Promotora Legal Popular de Santo André/SP
  239. Coletivo Juntos
  240. Rede Emancipa Movimento social de educação Popular
  241. Mandato vereadora Luana Alves
  242. Mandato Deputada federal Sâmia Bonfim
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