São Paulo, conhecida por sua vida agitada e opções de entretenimento 24 horas, também guarda histórias sobrenaturais que vão além da fama noturna.
O Edifício Joelma, que sofreu um incêndio trágico em 1º de fevereiro de 1974, vitimou 187 pessoas. Entre os mortos, 13 nunca foram identificados e foram enterrados juntos, dando origem ao culto popular das “13 Almas do Joelma”.
Segundo o pesquisador Thiago Souza, muitos paulistanos fazem pedidos e agradecem às almas por conquistas pessoais. “As pessoas vão ao cemitério agradecer por graças alcançadas, desde cura de doenças até conquistas no trabalho”, contou ao Metrópoles.
Além das 13 Almas, a história de Volquimar Santos, outra vítima do incêndio, é conhecida por uma aparição que teria confortado sua mãe. Em contato com o médium Chico Xavier, Volquimar teria psicografado mensagens relatando seu último dia de vida e detalhes de sua passagem espiritual. Em uma das cartas, ela afirmou: “Tudo aconteceu de repente, como se obedecêssemos a uma ordem do mais alto”, descrevendo o fatídico dia.
Vale do Anhangabaú
Outro ponto da cidade envolto em mistério é o Vale do Anhangabaú. Localizado no centro de São Paulo, ele é cercado por edifícios históricos como o Martinelli e o Teatro Municipal.
De acordo com lendas indígenas, o local seria protegido pelo espírito Anhangá, uma entidade que guardaria a região. Thiago Souza explica que Anhangá é um protetor da natureza e que a sua presença ali teria o objetivo de impedir desequilíbrios ambientais e sociais.
Porém, Anhangá é muitas vezes confundido com uma figura maléfica, uma interpretação equivocada que teria sido fortalecida durante a catequização dos indígenas. Segundo Souza, o padre José de Anchieta, durante a evangelização, teria transformado Anhangá em uma entidade demoníaca, utilizando o espírito em peças de teatro religioso, o que gerou má compreensão sobre sua verdadeira essência.
Existem, atualmente, duas interpretações principais sobre a atuação de Anhangá no Vale do Anhangabaú. Uma vertente acredita que ele suga as almas das pessoas que morrem na área, impedindo-as de transcender. A outra visão defende que o espírito apenas “agita” as almas, tornando a região um local de aparições frequentes e fenômenos sobrenaturais.
A movimentação espiritual no centro da cidade é notada por muitos que afirmam sentir uma presença diferente ao passar pela área. “Quando Anhangá percebe uma nova alma no território, ele se alimenta da energia dela ou a agita, criando uma atmosfera que muitos consideram assombrada”, explicou Thiago Souza.
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