Edifício Joelma e Vale do Anhangabaú: as histórias assombradas de SP

Atualizado em 31 de outubro de 2024 às 10:40
Edifício Joelma, em SP, logo após incêndio que vitimou 187 pessoas – Foto: Reprodução

São Paulo, conhecida por sua vida agitada e opções de entretenimento 24 horas, também guarda histórias sobrenaturais que vão além da fama noturna.

O Edifício Joelma, que sofreu um incêndio trágico em 1º de fevereiro de 1974, vitimou 187 pessoas. Entre os mortos, 13 nunca foram identificados e foram enterrados juntos, dando origem ao culto popular das “13 Almas do Joelma”.

Segundo o pesquisador Thiago Souza, muitos paulistanos fazem pedidos e agradecem às almas por conquistas pessoais. “As pessoas vão ao cemitério agradecer por graças alcançadas, desde cura de doenças até conquistas no trabalho”, contou ao Metrópoles.

Foto histórica exibe momento em que o fogo toma conta do Edifício Joelma, em SP – Foto: Reprodução
Edifício Joelma atualmente – Foto: Reprodução

Além das 13 Almas, a história de Volquimar Santos, outra vítima do incêndio, é conhecida por uma aparição que teria confortado sua mãe. Em contato com o médium Chico Xavier, Volquimar teria psicografado mensagens relatando seu último dia de vida e detalhes de sua passagem espiritual. Em uma das cartas, ela afirmou: “Tudo aconteceu de repente, como se obedecêssemos a uma ordem do mais alto”, descrevendo o fatídico dia.

Vale do Anhangabaú

Outro ponto da cidade envolto em mistério é o Vale do Anhangabaú. Localizado no centro de São Paulo, ele é cercado por edifícios históricos como o Martinelli e o Teatro Municipal.

De acordo com lendas indígenas, o local seria protegido pelo espírito Anhangá, uma entidade que guardaria a região. Thiago Souza explica que Anhangá é um protetor da natureza e que a sua presença ali teria o objetivo de impedir desequilíbrios ambientais e sociais.

Foto histórica do Vale do Anhangabaú, em SP – Foto: Reprodução
Vale do Anhangabaú atualmente – Foto: Reprodução

Porém, Anhangá é muitas vezes confundido com uma figura maléfica, uma interpretação equivocada que teria sido fortalecida durante a catequização dos indígenas. Segundo Souza, o padre José de Anchieta, durante a evangelização, teria transformado Anhangá em uma entidade demoníaca, utilizando o espírito em peças de teatro religioso, o que gerou má compreensão sobre sua verdadeira essência.

Existem, atualmente, duas interpretações principais sobre a atuação de Anhangá no Vale do Anhangabaú. Uma vertente acredita que ele suga as almas das pessoas que morrem na área, impedindo-as de transcender. A outra visão defende que o espírito apenas “agita” as almas, tornando a região um local de aparições frequentes e fenômenos sobrenaturais.

A movimentação espiritual no centro da cidade é notada por muitos que afirmam sentir uma presença diferente ao passar pela área. “Quando Anhangá percebe uma nova alma no território, ele se alimenta da energia dela ou a agita, criando uma atmosfera que muitos consideram assombrada”, explicou Thiago Souza.

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