Edir Macedo ganha a vida com um negócio chamado charlatanismo. Por Luis Felipe Miguel

Atualizado em 22 de junho de 2019 às 16:48
Edir Macedo

Publicado originalmente no perfil do autor no Facebook

POR LUIS FELIPE MIGUEL

Edir Macedo ganha a vida com um negócio chamado charlatanismo. Tira dinheiro das pessoas prometendo coisas que sabe que não pode cumprir. Abusa de dois princípios liberais – a liberdade religiosa e a liberdade de expressão – para permanecer impune.

Agora, ele está processando um sebo no interior de Rio de Janeiro por ter colocado uma faixa dizendo que a obra de Bolsonaro, Malafaia e dele, Macedo, é uma vergonha para a humanidade.

A direita invoca o princípio da liberdade de expressão – que é fundamental e precisa ser preservado – como salvo-conduto para todo o tipo de barbaridade. Ao mesmo tempo, usa seus recursos para impedir as críticas a ela.

Para o dono da Igreja Universal, do alto dos milhões que os fiéis lhe dão a cada mês, é fácil colocar um de seus advogados para ameaçar os críticos. Para os donos do sebo, o custo da defesa sai bem pesado e o risco de condenação à indenização de 25 mil reais, pedida pelo bispo, é um pesadelo.

O recado que Macedo quer dar, assim como outros empresários com comportamento similar, é simples: sua liberdade de expressão não é páreo para meu poder econômico.