
Em meio à crise diplomática criada entre Brasil e Estados Unidos após o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump aos produtos brasileiros, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) revelou que seu verdadeiro objetivo na articulação com o governo norte-americano é viabilizar sua candidatura à Presidência da República em 2026. A confissão foi feita durante uma live com Paulo Figueiredo, após o Jornal Nacional ter exposto sua presença em reuniões na Casa Branca.
Eduardo reconheceu que a anistia aos bolsonaristas envolvidos nos ataques de 8 de janeiro é uma condição para esse plano. Segundo ele, “para a gente chegar nesse momento, a gente passa pela anistia”, medida que, em sua visão, traria “justiça e paz de espírito” para o país. O deputado ressaltou que pretende debater temas como energia, relações internacionais, geopolítica e segurança pública, caso a anistia avance no Congresso.
Além de condicionar sua candidatura à anistia, Eduardo defendeu a necessidade de reduzir a influência do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o Congresso. Em tom irônico, afirmou que Moraes deveria deixar a Corte e se tornar professor universitário ou embaixador. “Vai pro Irã fazer relações diplomáticas com os Aiatolás”, ironizou.
🚨VEJA – Eduardo Bolsonaro diz que aceitaria ser candidato a presidência, caso seu pai apoie e a anistia seja aprovada
“Aceitaria, sim, o desafio de me candidatar a presidência, podendo retornar para o meu Brasil sem ser preso, afinal de contas não cometi crime nenhum.” pic.twitter.com/Xopz8sQviU
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) July 17, 2025
Eduardo Bolsonaro também justificou os recentes ataques ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como favorito da chamada terceira via para a disputa presidencial. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que o embate com Tarcísio reflete a disputa interna pela liderança da direita em 2026.
Na transmissão, Eduardo afirmou ainda que, caso não tenha sucesso em conseguir a anistia e isolar Moraes, aceitaria disputar a Presidência com o apoio do pai.
“Se não lograrmos êxito, aí eu aceitaria sim o desafio de me candidatar à presidência, podendo retornar para o meu Brasil sem ser preso”, declarou, reforçando que Jair Bolsonaro seria seu guia político.
As declarações de Eduardo escancaram o projeto político do bolsonarismo para 2026, que passa pela anistia, enfrentamento ao STF e rearticulação internacional, especialmente com Trump.