
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, revelou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou a ele e a outros políticos que, caso decida disputar a Presidência da República, se filiará ao partido. A possibilidade acendeu disputas internas e aumentou a tensão na sigla.
Segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, a declaração caiu mal entre Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e aliados, que interpretam o movimento como uma tentativa de enfraquecer Jair Bolsonaro e captar seu capital eleitoral.
Para aliados próximos, a aproximação de Tarcísio com Valdemar seria um sinal de que a legenda já prepara terreno para uma eventual substituição do ex-presidente no comando da direita. Paulo Figueiredo, aliado do deputado e figura próxima a ele nos Estados Unidos, afirmou que “há 90% de chance de Eduardo deixar o PL”.
“Essa chance aumenta se Tarcísio for para o PL. Caso isso ocorra, Eduardo deixará o partido e irá para outra legenda para ser candidato à Presidência por outro partido”, prosseguiu.

Tarcísio de feito uma agenda com tom de pré-campanha ao Palácio do Planalto, apesar de não dizer publicamente se será candidato à reeleição ou se irá buscar a Presidência no ano que vem. Valdemar afirmou que, apesar da especulação sobre seu nome, a decisão de quem será o sucessor da extrema-direita “é exclusiva” do ex-presidente.
Recentemente, mensagens de Eduardo ao pai foram tornadas públicas pela Polícia Federal. No diálogo, datado de 11 de julho, o filho 03 de Bolsonaro reclama do apoio dele ao governador, que estaria “se aquecendo para 2026”.
“Tarcísio nunca te ajudou em nada no STF. Sempre esteve de braço cruzado vendo vc se f…”, escreveu o deputado.