Eduardo Bolsonaro amplia ofensiva nos EUA e ameaça caciques do Centrão

Atualizado em 14 de agosto de 2025 às 8:44
Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro em frente à sede do Departamento de Estado dos Estados Unidos, em julho. Foto: Reprodução

Dos Estados Unidos, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o golpista Paulo Figueiredo passaram a mirar lideranças do Centrão, ameaçando até pedir a cassação do visto americano do líder do PSD na Câmara, Antônio Brito (PSD-BA), conforme informações do Correio da Manhã.

A ofensiva, segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), foi discutida em telefonema em que Figueiredo perguntou se deveria agir contra Brito, acusado por bolsonaristas de recuar em um suposto acordo para pautar o fim do foro privilegiado em casos de crime comum.

De acordo com os bolsonaristas, Brito havia participado das negociações, mas não cumpriu o combinado. O deputado baiano nega que tenha fechado acordo com eles e afirma que o entendimento teve apoio apenas do União Brasil, PP, Novo e PL.

Sóstenes contou que respondeu a Paulo Figueiredo para não fazer nada contra Brito: “Se Eduardo e o Paulo fizerem, vão atrapalhar minhas negociações aqui no Congresso”, disse. Uma nova reunião de líderes da Câmara foi marcada para esta quinta-feira (14) para discutir a pauta da próxima semana.

Motta e Alcolumbre

Ainda segundo o líder do PL, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo estão “acompanhando passo a passo” as movimentações no Congresso sobre o foro privilegiado e o projeto de anistia aos investigados pela tentativa de golpe de Estado.

A ofensiva mira também o presidente da Câmara, Hugo Motta (Progressistas-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que controlam as pautas de votação.

Os bolsonaristas pressionam Alcolumbre a colocar em pauta o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, já assinado pela maioria dos senadores, mas o presidente do Senado disse que não fará isso. Já Hugo Motta é cobrado a pautar a derrubada do foro privilegiado, mas afirma que o momento não é adequado.

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Foto: Reprodução