Eduardo Bolsonaro aposta alto e acha que os EUA podem viabilizar sua candidatura ao Planalto

Atualizado em 16 de outubro de 2025 às 11:10
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acredita que os Estados Unidos atuarão para viabilizar sua candidatura à Presidência da República em 2026, mesmo diante do risco de inelegibilidade em um processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

O “Bananinha” é investigado por coação no curso de processo, acusado de tentar influenciar decisões judiciais relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa de golpe de Estado.

A aliados, Eduardo tem dito que não teme ser condenado, pois avalia que uma decisão contrária no Supremo pode provocar reação da Casa Branca. Segundo o deputado, ministros do STF estariam “atraindo para si” novas sanções dos Estados Unidos caso o condenem.

Eduardo sustenta que as sanções contra magistrados brasileiros foram impostas por Washington, e não por ele próprio. O parlamentar afirma que uma eventual condenação seria interpretada como retaliação política, o que poderia acirrar as tensões entre Brasília e Washington.

Isolamento político após aproximação entre Lula e Trump

Enquanto isso, aliados do Palácio do Planalto avaliam que Eduardo Bolsonaro ficou isolado após a recente reaproximação entre Donald Trump e o presidente Lula (PT). Os dois conversaram por telefone na semana passada e, segundo relatos, a família Bolsonaro não foi mencionada na conversa.

A leitura entre auxiliares do governo é de que a nova fase do diálogo entre Lula e Trump enfraquece a influência de Eduardo junto à Casa Branca, que antes era vista como seu principal trunfo político.

Nesta quinta-feira (16), também ocorre uma rodada de negociações entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington. O encontro deve tratar das tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros e das sanções aplicadas a autoridades do país.

Lula e Donald Trump. Foto: Reprodução