Eduardo Bolsonaro ataca bancos ao governo dos EUA por descumprirem Lei Magnitsky

Atualizado em 15 de agosto de 2025 às 23:40
Paulo Figueiredo, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, e Eduardo Bolsonaro — Foto: Reprodução X

Eduardo Bolsonaro se reuniu com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, na quarta-feira (13), em encontro que contou também com a presença de Paulo Figueiredo. Na pauta, denúncias sobre o descumprimento da Lei Magnitsky por parte de bancos brasileiros. O objetivo da reunião foi levar diretamente ao governo de Donald Trump informações sobre a forma como instituições financeiras no Brasil estariam lidando com as sanções.

Segundo Figueiredo, foi entregue a Bessent um relatório que reúne reportagens publicadas na imprensa brasileira. Entre os exemplos citados, o documento aponta que o ministro Alexandre de Moraes não teria tido contas bancárias bloqueadas, mesmo figurando como alvo das sanções aplicadas pelos Estados Unidos.

O caso foi usado pelos interlocutores de Bolsonaro como exemplo de falha na execução da legislação, que prevê medidas rigorosas contra pessoas sancionadas. Para os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, a não suspensão de contas representaria descumprimento direto da Lei Magnitsky por parte dos bancos que atuam no Brasil.

Ainda de acordo com Figueiredo, Scott Bessent reagiu afirmando que a legislação “é uma só, não tem dois níveis” e garantiu que adotará providências para avaliar a situação. A fala do secretário foi interpretada como sinal de que o Tesouro norte-americano poderá cobrar maior rigor no cumprimento das medidas.

A reunião faz parte de uma série de encontros mantidos por Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde ele tem buscado ampliar interlocução com membros do governo Trump. O parlamentar e aliados próximos têm levado relatórios e documentos para fortalecer o alinhamento político com Washington.

Com isso, o tema da aplicação da Lei Magnitsky no Brasil ganha novo peso diplomático, colocando os bancos nacionais sob atenção do governo norte-americano. A iniciativa de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo reforça o movimento de setores do bolsonarismo de estreitar laços com autoridades dos Estados Unidos em temas de interesse comum.