Eduardo Bolsonaro discute anistia a golpistas em encontro com alto escalão do governo Trump

Atualizado em 5 de setembro de 2025 às 7:13
Paulo Figueiredo, o subsecretário de Diplomacia Pública da gestão Trump, Darren Beattie, Eduardo Bolsonaro e o conselheiro do Departamento de Estado dos EUA, Ricardo Pita. Foto: Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) levou o debate sobre a anistia aos golpistas a Washington. Na quinta-feira (4), ele se reuniu com Paulo Figueiredo e integrantes do alto escalão do Departamento de Estado dos Estados Unidos para tratar da proposta que poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O encontro contou com a presença do subsecretário de Diplomacia Pública da gestão Trump, Darren Beattie, e do conselheiro sênior para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, Ricardo Pita.

O “Bananinha” falou sobre a articulação de aliados e do Centrão para aprovar uma anistia ampla e irrestrita. Segundo ele, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estariam “ameaçando” congressistas para barrar o avanço da proposta.

O parlamentar também mencionou o julgamento em andamento na Primeira Turma do STF, que analisa a responsabilidade de Jair Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe.

No X, Eduardo disparou: “Nossa ação nos EUA visa libertar o Congresso Nacional das garras de mafiosos togados. Sim. Não é exagero qualificar tais ameaças de conduta mafiosa, vide que estes tiranetes desejam se mostrar como pessoas más, capazes de cumprir suas ameaças, para resultar na intimidação.”

Figueiredo também usou as redes sociais para dizer que não costuma divulgar agendas com Eduardo, mas que foi autorizado a fazê-lo por Beattie e Pita “como gesto público de amizade”.

Nos bastidores da Corte, ministros avaliam como remota a chance de que um eventual projeto de anistia prospere. A leitura é de que, mesmo que seja aprovado no Congresso, o texto será judicializado e considerado inconstitucional.

A agenda em Washington foi vista como um gesto de aproximação da gestão Donald Trump, indicando que os EUA acompanham de perto os desdobramentos políticos no Brasil. Em junho, Darren Beattie já havia usado as redes sociais para criticar o ministro Alexandre de Moraes, enquanto Ricardo Pita esteve em Brasília em maio, quando se encontrou com Jair Bolsonaro.