
Reportagem da Piauí deste mês acompanhou Eduardo Bolsonaro nos EUA. Segundo a revista, ele fala quase o tempo todo do pai, do ministro do STF Alexandre de Moraes e da “ditadura brasileira”. Segue obcecado em acionar todas as armas possíveis contra o Brasil, sejam políticas ou econômicas.
Eduardo pediu licença parlamentar no início do ano e diz que está praticando “diplomacia parlamentar” nos Estados Unidos. “Aqui, eu não posso ter renda ativa, mas passiva, sim.” Traduzindo: ele pode receber doações. “Tem pessoas que me ajudam, mas não sou obrigado a falar disso. Não é dinheiro público”, afirmou.
Nas conversas, relatou também atritos dentro do PL. Disse ter pedido a Valdemar Costa Neto estrutura para sua missão nos EUA — advogado, secretária e sala comercial —, mas não foi atendido.
Reclamou que o partido banca um jato para o deputado Nikolas Ferreira “rodar pelo Brasil”, enquanto ele não recebe nada. E ainda comparou sua situação à de Michelle Bolsonaro, citando reportagem segundo a qual ela custaria cerca de R$ 800 mil mensais, entre equipe, salários e viagens em jatos fretados.
“O problema não é ela receber isso. A Michelle é uma pessoa boa comigo”, afirmou Eduardo. “A pergunta que eu faço é: será que o partido não vê que o que eu faço aqui é muito mais relevante?” Para ele, a preferência de Valdemar por Michelle se deve ao fato de que o presidente do PL “pode controlá-la”.