
O recado particular que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enviou ao pastor Silas Malafaia após ser chamado de “babaca” foi transmitido por meio do líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante. A mensagem foi uma tentativa de apaziguar os ânimos em meio à divulgação de áudios pela Polícia Federal (PF), conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
“Eduardo me fez o seguinte pedido: ‘Fala pro Malafaia que ele é o nosso tiozão, que ele tem crédito para criticar a gente e que não vamos nos dividir’”, relatou Sóstenes.
Nas redes sociais, o “Bananinha” também procurou minimizar o impacto das gravações. Ele alegou que o material foi obtido em uma suposta “fishing expedition”, prática considerada ilegal em que autoridades buscam provas de forma indiscriminada.
“Pegam o celular e vazam o que interessa”, disse o deputado, acrescentando que a divulgação não passa de “cortina de fumaça para o que realmente importa”.
Em tom de reverência, declarou ainda: “Pastor, ‘tamo’ junto! O senhor está sofrendo os últimos atos desse regime. É aquela situação do desespero, onde eles não sabem mais o que fazer”.
Minha resposta para o @PastorMalafaia pic.twitter.com/1RQTgUepuK
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 21, 2025
Malafaia, por sua vez, disse que o tom elevado das falas faz parte do seu estilo e afirmou que “fala escrachado com aqueles que têm relacionamento de amigo”. O religioso alegou ainda que “é um aliado, e não bolsominion”.
As mensagens reveladas integram a investigação que levou ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro por coação, obstrução de investigação contra organização criminosa e atentado à soberania nacional.
A apuração da PF aponta que o filho “03” do ex-capitão atuou nos Estados Unidos para pressionar autoridades e buscar medidas contra ministros do STF, na tentativa de interferir no julgamento da trama golpista.