
Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, afirmou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vai “ajudar a matar o pai”, Jair Bolsonaro, se insistir em uma candidatura para 2026. Ele cita o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como favorito para o posto, mas diz que o ex-presidente é “imprevisível”.
Para ele, não há chance de o deputado insistir em uma candidatura própria contra a vontade do pai. “Não acredito que ele brigue com o pai. Vai ajudar a matar o pai de vez? Porque o que o Bolsonaro está passando… Nossa Senhora”, declarou Valdemar em entrevista à Folha de S.Paulo.
Ele diz que Bolsonaro “pode até indicar o Ratinho Jr.”, governador do Paraná, como candidato em 2026. “Todo mundo tem chance, o Bolsonaro é imprevisível. Ele Fala muito bem do Ratinho, muito bem. Fala do Romeu Zema, do Ronaldo Caiado. Esses caras têm muita aprovação nos seus estados. Agora, o Tarcísio tem no Brasil”, prosseguiu.
Valdemar não descarta a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como alternativas, mas disse que dependerá da decisão do ex-presidente: “Tem Eduardo, Flávio, Michele. Tudo tiro de canhão. O Carlos. Agora, tem um que é o máximo: o Nikolas [Ferreira]. Ele virou um problema para mim. Todo mundo quer que ele vá em todo lugar”.
O presidente do PL diz que Eduardo tem que “obedecer” e seguir o plano do pai. Sobre as ameaças de deixar o PL e disputar a presidência por outro partido, Valdemar afirmou: “Ele estava nervoso”.

Em relação à proposta de redução de penas para os condenados de 8 de janeiro, Valdemar foi categórico. “Queremos o Bolsonaro livre. É o que o partido quer. O Bolsonaro tem que ser candidato. O Lula não foi? Ninguém imaginava que ele seria”, afirmou.
Sobre o Supremo Tribunal Federal, Valdemar declarou: “A nossa desgraça é o Supremo ter apoio do governo. É isso que mata a gente. Temos que acatar as decisões, mas não somos obrigados a aceitar”. Apesar disso, ele minimizou a possibilidade de o PL apoiar pedidos de impeachment contra ministros como Alexandre de Moraes.