Eduardo chama senadores de “serviçais” após derrota da PEC da Blindagem na CCJ

Atualizado em 25 de setembro de 2025 às 0:00
deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) com expressão pensativa, sério, no canto direito de foto
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu nesta quarta-feira (24) à derrota da PEC da Blindagem no Senado. Em publicação nas redes sociais, ele chamou os senadores que rejeitaram o texto de “serviçais” e afirmou que a proposta representava mecanismos de proteção contra o que classificou como “um Judiciário corrupto e aparelhado”.

A Proposta de Emenda à Constituição nº 3 de 2021 foi rejeitada por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, em votação de 26 a 0. O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), apontou que a matéria era inconstitucional e ressaltou que a sociedade brasileira exige o fim da impunidade.

No relatório, Vieira destacou que a PEC não poderia ser confundida com prerrogativas parlamentares legítimas, mas sim como um instrumento que ampliaria a proteção de quem comete crimes. “A sociedade brasileira grita em sentido oposto, almeja o fim da impunidade”, afirmou.

Após a votação, o presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), anunciou que havia acordo com Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para arquivar a proposta. Pelo regimento interno, matérias rejeitadas de forma unânime pela comissão não podem ser levadas ao plenário.

Eduardo Bolsonaro criticou a decisão, afirmando que os senadores estavam “complacentes dos tiranos” e “desconectados do povo”. Para ele, a rejeição manteve o que chamou de “poderes ilimitados da burocracia não eleita”.

O arquivamento da PEC ocorreu dois dias depois de protestos em todas as capitais do país contra a medida e contra a possibilidade de anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Segundo monitoramento da USP, mais de 80 mil pessoas participaram das manifestações em São Paulo e no Rio de Janeiro.