Eduardo, de futuro embaixador nos EUA a Forrest Gump do folclore bolsonarista. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 22 de outubro de 2019 às 17:44

A cena de Eduardo Bolsonaro correndo da imprensa pelos anexos do Congresso Nacional, seguido por seus seguranças, vai para a antologia da política e do atletismo nacionais.

Qual um Forrest Gump miliciano, o Zero Três parte em desabalada carreira com um jornalista em seu encalço.

— Uma palavrinha, líder!, diz o repórter do Congresso em Foco.

É inútil.

O sujeito está muitos passos adiante.

Alcança uma área de acesso restrito, engata uma marcha mais lenta numa escada rolante e deixa seus predadores para trás. 

Oficialmente, ele assumiu a liderança do PSL na segunda, dia 21, em meio à guerra de facções de seu partido.

O “líder” não quis falar porque não lidera coisa alguma.

Em poucos dias, Eduardo foi de futuro embaixador em Washington a fugitivo.

Papai Jair está em viagem na Ásia e o deixou sozinho com os dois irmãos esquisitos e a tia Joice Hasselmann, que resolveu assá-lo em fogo baixo ameaçando entregar o esquema das fake news.

O Coelho Branco de Alice está sempre apressado e atrasado para algo que ele não revela, mas todo mundo sabe o que é.

Corre, Eduardo! Corre!