Eduardo diz que EUA podem punir mulher de Moraes e busca apoio na Europa

Atualizado em 12 de agosto de 2025 às 12:13
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Foto: Reprodução

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em entrevista ao Financial Times, afirmou que os Estados Unidos podem intensificar seus ataques contra o Brasil, impondo novas sanções a magistrados que não encerrarem o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu pai. Ele sugeriu que uma possível resposta do país poderia incluir sanções à esposa de Alexandre de Moraes.

“Eu sei [que Trump] tem uma série de possibilidades na mesa, de sancionar mais autoridades brasileiras a uma nova onda de retirada de vistos ou questões tarifárias”, disse Eduardo. Ele afirma que o magistrado “esgotou todas as suas opções”, mas Trump “ainda não”.

Eduardo acusa a mulher do magistrado de atuar como “braço financeiro” dele. O Departamento de Estado dos EUA já proibiu o ministro de viajar ao país e a crise diplomática também envolve a regulação das redes sociais no Brasil e disputas comerciais. O parlamentar sugere que Trump pode intensificar as punições com “revogações de vistos de aliados” do ministro.

O governo brasileiro, representado pelo presidente Lula, reagiu à pressão dos EUA, classificando-a como “inaceitável”, enquanto o STF prometeu seguir com o julgamento de Bolsonaro. Trump, por sua vez, descreveu o processo como uma “caça às bruxas” e exigiu sua interrupção.

Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes. Foto: Reprodução

Eduardo lidera uma campanha de lobby em Washington e pretende expandir suas ações para a Europa, buscando que parlamentares europeus sigam o exemplo americano e adotem sanções contra Moraes.

“O líder do Chega, que é agora o segundo maior partido de Portugal, André Ventura, disse que também quer impedir que Alexandre de Moraes possa entrar em Portugal e congelar os ativos que ele tiver ali, baseado em leis de direitos humanos”, prosseguiu.

O filho do ex-presidente ainda deve discutir as medidas com políticos europeus de extrema-direita, como o polonês Dominik Tarczyński e outros 15 eurodeputados, que no mês passado pediram punições ao ministro por “flagrantes violações de direitos humanos”.