Eduardo diz que nunca ameaçou ministros do STF e é desmentido por ele mesmo; veja VÍDEOS

Atualizado em 17 de dezembro de 2025 às 14:33
Eduardo Bolsonaro. Foto: Saul Loeb/AFP

Em um recurso apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) negou ter feito ameaças aos ministros da Corte, como alegado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o denunciou por coação no curso do processo. O deputado argumentou que suas declarações consistiram em “críticas” e não em tentativas de intimidar ou interferir nas investigações.

A Defensoria Pública da União (DPU), que defende Eduardo Bolsonaro, afirmou que o deputado se manifestou de maneira pública e, por isso, as falas não configuram uma “grave ameaça”. O órgão ainda alegou que “críticas a decisões judiciais e a autoridades públicas integram o debate democrático”.

“A Constituição não exclui o Poder Judiciário do debate público. Magistrados, como todas as autoridades públicas, estão sujeitos a críticas no debate democrático”, prosseguiu a DPU no recurso.

Eduardo impetrou embargos de declaração, alegando que a decisão do STF, que acolheu a denúncia da PGR, teve omissões. Ele foi acusado de articular sanções contra ministros, políticos e agentes federais envolvidos em ações contra seu pai.

A articulação golpista liderada por Eduardo e Paulo Figueiredo nos EUA resultou em sanções contra 18 autoridades brasileiras. Entre os afetados estavam o ministro do STF Alexandre de Moraes, que teve sua inclusão na Lei Magnitsky revertida em dezembro, e outros membros da Corte, como Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Edson Fachin. A sanção também atingiu o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

A Lei Magnitsky, que visa punir violações de direitos humanos, foi usada para aplicar restrições de vistos de entrada nos EUA a esses ministros e autoridades.

A medida, liderada por Eduardo, foi vista como uma forma de retaliar decisões do STF que afetavam seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e sua defesa no contexto da tentativa de golpe de Estado.

Veja algumas ameaças de Eduardo a Moraes e outras autoridades:

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.