Eduardo e golpista Figueiredo voltam a Washington em meio ao julgamento de Bolsonaro

Atualizado em 2 de setembro de 2025 às 11:34
Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em frente à sede do Departamento de Estado dos EUA. Foto: Reprodução

Em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o golpista Paulo Figueiredo anunciaram que voltarão a Washington nesta quarta-feira (3). O objetivo é intensificar a pressão sobre o governo dos Estados Unidos para que adote medidas contra o Brasil.

O próprio Figueiredo divulgou a viagem no X, em postagem feita na última segunda-feira (1). “Hoje, foi feriado aqui nos EUA, então aproveitei para descansar um pouco. Amanhã, teremos Paulo Figueiredo Show e, na quarta, embarco com Eduardo Bolsonaro para Washington DC em uma série de agendas. Será uma semana movimentada, então orem pela nossa nação”, escreveu.

Enquanto isso, o governo de Donald Trump enfrenta crises internas, que vão desde o silêncio sobre a saúde do presidente até a deterioração das relações com a Índia. Nesse cenário, Eduardo e Figueiredo buscam reforçar a ofensiva norte-americana contra a economia brasileira.

Simultaneamente, em Brasília, Bolsonaro será julgado ao lado dos generais Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, além do ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Também são réus no processo o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens que firmou delação premiada.

A acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) inclui crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Se condenado, o ex-presidente pode enfrentar pena superior a 40 anos.

Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo já haviam atuado junto a Trump após o anúncio do tarifaço contra o Brasil, pressionando pela aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes e por sanções a ministros ligados ao programa Mais Médicos.

Agora, a nova rodada de tarifas pode envolver produtos brasileiros e importações russas, em meio à disputa comercial aberta também contra a Índia.