
Foto: Leo Martins
Na madrugada desta quinta-feira (12), Eduardo Gallotti, sambista, cantor e compositor, faleceu no hospital Casa de Saúde São José, em Humaitá, na zona sul do Rio Janeiro aos 58 anos. O artista lutava contra o câncer. Segundo seu irmão Hélion, ele passou mal, foi levado ao hospital, mas não resistiu.
Gallotti é um dos principais nomes das rodas de samba do país. Com mais de 30 anos de carreira, ele foi responsável pela fundação de várias rodas no Rio de Janeiro, como a do Sobrenatural, do Severina, do bar Emporium, do Trapiche Gamboa, e também pela do Cadongueiro, em Niterói.
Gallotti começou a cantar samba no Colégio São Vicente, no Cosme Velho, onde estudava, além de, desde sempre, ouvir obras de Cartola, Paulo da Portela, Candeia e Nelson Cavaquinho. Aprendeu a tocar cavaquinho sozinho, mas fez dois anos de aula com Henrique Cazes.
Em 1984, trocou a faculdade de Biologia para tocar samba. Passou a tocar na Lapa, nos bares de Botafogo, na praia, no Baixo Gávea e até no posto de gasolina do Humaitá. Em lugares que tocava, conheceu Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Beto sem Braço, Fundo de Quintal, Wilson Moreira, Walter Alfaiate, Mauro Duarte.
O sambista também participou dos grupos de pesquisa musical “Diz Isso Cantando” e “Éramos Seis”, em que participou da novela “Kananga do Japão”. Ele integrou a “Orquestra Republicana” e o grupo “Anjos da Lua”, nos anos 2000. Além disso, ele compôs muitas músicas para blocos do carnaval como “Simpatia á quase Amor”, “Suvaco do Cristo”, “Bloco da Segunda”, “Barbas”, “Meu Bem Volto Já”, “Imprensa que Eu Gamo”. Também foi jurado de bateria dos desfiles das escolas de samba.