
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que pretende pautar, ainda nesta semana, projetos de lei para coibir a divulgação de vídeos em que crianças são expostas de forma “adultizada” na internet com fins de monetização. Com informações de O Globo.
A iniciativa, segundo ele, foi motivada por uma publicação do influenciador Felipe Bressanim, conhecido como Felca, que denunciou esse tipo de conteúdo como exploração indevida.
“O vídeo do Felca sobre a adultização das crianças chocou e mobilizou milhões de brasileiros. Esse é um tema urgente, que toca no coração da nossa sociedade”, escreveu Motta nas redes sociais. “Na Câmara, há uma série de projetos importantes sobre o assunto. Nesta semana, vamos pautar e enfrentar essa discussão.”
Entre os projetos que podem entrar em pauta está um que responsabiliza as plataformas digitais não apenas por conteúdos de pornografia infantil, mas também por vídeos que envolvam crianças em contextos sexualizados ou de adultização, mesmo sem nudez ou sexo explícito. O texto já foi aprovado no Senado e aguarda votação na Câmara.
O vídeo do @Felcca sobre a adultização das crianças chocou e mobilizou milhões de brasileiros.
Esse é um tema urgente, que toca no coração da nossa sociedade.
Na Câmara, há uma série de projetos importantes sobre o assunto.
Nesta semana, vamos pautar e enfrentar essa discussão.…— Hugo Motta (@HugoMottaPB) August 10, 2025
Na última quarta-feira (6), Felca publicou um vídeo de mais de uma hora em seu canal no YouTube criticando os algoritmos das redes sociais que incentivam a disseminação de imagens de crianças e adolescentes.
No material, ele denunciou o influenciador paraibano Hytalo Santos por produzir esse tipo de conteúdo. Após a acusação, o perfil de Santos no Instagram foi desativado.
“A ideia dele foi pegar um monte de crianças e adolescentes no auge da puberdade e botar todo mundo numa espécie de reality show, com bagunça, putaria, e mostrar para o Brasil inteiro ver”, afirmou Felca no vídeo.
Além de abordar casos de exploração sexualizada, o youtuber exibiu exemplos de menores de idade em situações adultizadas, como interpretando papéis de coaches ou empresários mirins.