Efeito Lula: desmatamento cai 32,4% no Brasil em 2024, diz relatório

Atualizado em 15 de maio de 2025 às 6:57
Área desmatada no cerrado, no estado do Tocantins, região de Matopiba – Foto: Folhapress

Segundo o Relatório Anual do Desmatamento (RAD) do MapBiomas, divulgado nesta quinta-feira (15), o Brasil registrou uma queda de 32,4% no desmatamento em 2024, em meio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O país perdeu 1.242.079 hectares de vegetação nativa no ano passado, contra 1.836.749 hectares em 2023. Esta é a primeira vez em seis anos que todos os biomas brasileiros apresentaram redução ou estabilidade no desmatamento, com destaque para a queda expressiva no cerrado. Com informações da Folha de S.Paulo.

Desmatamento em cada bioma

O cerrado segue como o bioma mais desmatado, com 652.197 hectares suprimidos – o equivalente a mais da metade de toda a vegetação perdida no Brasil. Apesar disso, houve uma redução de 41,2% em relação ao ano anterior. “Todos os estados do bioma tiveram redução em 2024, com exceção de São Paulo. O destaque é Goiás, que reduziu cerca de 72%, e Bahia com uma queda de 65%”, explicou Roberta Rocha, analista do MapBiomas.

A Amazônia registrou 377.708 hectares de perda, 16,8% a menos que em 2023. A caatinga aparece em seguida, com redução de 13,4% e 174.511 hectares desmatados. O Pantanal teve queda de 58,6%, com 23.295 hectares. Já o pampa reduziu o desmatamento em 42,1%, passando de 1.547 hectares em 2023 para 896 em 2024.

A Mata Atlântica foi o único bioma que teve um leve aumento no desmatamento, com crescimento de 2%, o que é considerado estabilidade.

A região do Matopiba concentrou 75% do desmatamento do cerrado e 42% da perda total no país. O Maranhão lidera pelo segundo ano seguido, com 218.298 hectares desmatados, seguido por Pará, Tocantins, Piauí e Bahia.

Área desmatada no Cerrado brasileiro, próxima à região de Matopiba, onde a expansão da agropecuária avança sobre a vegetação nativa. Foto: Adriano Gambarini / WWF

Principais causas

A principal causa do desmatamento no país continua sendo a agropecuária, responsável por mais de 97% da área suprimida desde 2019.

O garimpo afetou quase exclusivamente a Amazônia, enquanto 93% do desmatamento ligado à energia renovável ocorreu na caatinga.

Já o cerrado concentrou quase metade da área urbana que avançou sobre a vegetação nativa. No total, entre 2019 e 2024, o Brasil perdeu uma área equivalente à Coreia do Sul.

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