Efeito Lula: Fazenda projeta nova alta do PIB em 2024

Atualizado em 16 de maio de 2024 às 18:20
Produto Interno do Brasil tende a ser maior do que a expectativa. Reprodução

O Ministério da Fazenda revisou para cima suas previsões tanto para o crescimento econômico quanto para a inflação neste ano. De acordo com a nova edição do Boletim MacroFiscal, divulgada nesta quinta-feira, dia 16, a nova projeção oficial para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2024 é de 2,5%, em comparação aos 2,2% previstos na edição anterior, de março.

Esta previsão é mais otimista que a do mercado financeiro, que estima um crescimento de 2,09% para este ano.

A revisão também inclui uma melhora na estimativa de crescimento econômico para o primeiro trimestre, que foi ajustada de 0,7% para 0,8%.

A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também foi elevada, passando de 3,5% para 3,7% até o final do ano. Para 2025, a expectativa de crescimento do PIB permaneceu em 2,8%, enquanto a projeção para o aumento do IPCA subiu de 3,2% para 3,3%.

Em seu relatório, a Fazenda destaca que um “cenário externo mais adverso” se tornou um ponto de atenção significativo para a economia doméstica nos últimos meses, especialmente em relação ao futuro dos juros e dos preços.

“O cenário da atividade global está mais resiliente do que o esperado, e também o cenário de juros e inflação está diferente daquele traçado no início do ano”, afirmou o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, em coletiva de imprensa. “Havia uma expectativa de várias reduções de juros pelo Fed [Federal Reserve, banco central norte-americano], mas, conforme os dados de inflação dos EUA foram divulgados, as projeções para esses cortes foram reduzidas.”

O varejo é um dos setores que impulsionaram a alta do PIB. Reprodução

Segundo o boletim, as melhorias nas estimativas do PIB refletem o forte desempenho dos setores de serviços e varejo, bem como a melhoria nas condições de crédito, com juros mais baixos e um aumento no volume de concessões após o aperto do mercado e os altos níveis de inadimplência do ano passado.

No entanto, as estimativas não consideram os possíveis efeitos da tragédia no Rio Grande do Sul, que representa 6,5% da economia nacional. O Ministério entende que ainda é necessário avaliar com mais clareza os impactos dos danos e dos pacotes de ajuda fiscal e auxílios direcionados ao estado.

“A magnitude desse impacto dependerá da ocorrência de novos eventos climáticos, dos reflexos desse impacto nos estados próximos e do efeito dos programas de auxílio fiscal e de crédito nas cidades atingidas pelas chuvas”, afirma o relatório. “O PIB do Rio Grande do Sul deverá registrar perdas principalmente no segundo trimestre, parcialmente compensadas nos trimestres seguintes.”

Quanto à expectativa maior para a inflação, o aumento nos preços de produtos amplamente fornecidos pelo estado, como arroz, frango e carnes, teve influência, mas a avaliação é de que os preços mais altos tendem a voltar ao normal nos meses seguintes, conforme a situação e a produção se normalizem.

“Embora a inflação de maio e junho deva acelerar devido à calamidade, o efeito nos preços tende a ser majoritariamente temporário, sendo em grande parte compensado após a normalização da oferta desses alimentos”, conclui o relatório.

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