
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 0,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desconsiderando eventos extraordinários, o resultado foi de R$ 28,5 bilhões, queda de 6,1%. A estatal anunciou a distribuição de R$ 12,1 bilhões em dividendos, acumulando no ano R$ 94,5 bilhões de lucro e R$ 32,4 bilhões em proventos aos acionistas.
Segundo o diretor financeiro Fernando Melgarejo, a companhia mantém desempenho sólido “mesmo diante do novo patamar de preços do petróleo”. O executivo destacou que o Brent recuou US$ 11 por barril em 12 meses. No período, a Petrobras produziu 3,14 milhões de barris de óleo e gás por dia, crescimento de 3,19% sobre o ano anterior, alcançando o maior volume da história da estatal.
As exportações também bateram recorde, com 814 mil barris de petróleo exportados por dia. Incluindo derivados, a Petrobras ultrapassou a marca de um milhão de barris diários enviados ao exterior. A produção de combustíveis caiu 1,5%, para 1,79 milhão de barris por dia, afetada pelo maior teor de etanol na gasolina. Já as vendas internas cresceram 1,9%, somando 1,8 milhão de barris por dia.

A receita de vendas totalizou R$ 127,9 bilhões, leve recuo de 1,3% em relação ao mesmo período de 2024. O Ebitda subiu 0,4%, alcançando R$ 63,9 bilhões, impulsionado pela valorização do real frente ao dólar, que trouxe ganho de R$ 5,6 bilhões. O segmento de Exploração e Produção registrou lucro de R$ 28,1 bilhões, enquanto Refino, Transporte e Comercialização somaram R$ 3,1 bilhões, alta expressiva puxada pelas exportações.
Durante o trimestre, a Petrobras manteve defasagem nos preços do diesel e praticou valores acima da média internacional para a gasolina. Em outubro, já fora do período do balanço, reduziu o preço da gasolina em 4,9% nas refinarias. A empresa vendeu sua cesta de derivados a R$ 460,54 por barril, queda de 5,7% sobre o ano anterior.
Os investimentos somaram US$ 5,5 bilhões (R$ 30 bilhões), alta de 23,7% ante o mesmo trimestre de 2024, concentrados em plataformas e equipamentos submarinos. No acumulado de 2025, o total chegou a US$ 14 bilhões (R$ 76 bilhões), avanço de 28,9% em relação ao ano anterior, com foco no segmento de Exploração e Produção.