
Durante uma missão arqueológica no Egito, pesquisadores fizeram uma descoberta surpreendente: o mais antigo e maior observatório astronômico datado do século 6 a.C. Este local histórico, localizado no Templo de Buto, em Tell el-Fara’in, na província de Kafr El Sheikh, cerca de 130 quilômetros do Cairo, abrange uma área de aproximadamente 850 metros quadrados.
O observatório era utilizado para registrar fenômenos celestes, com paredes decoradas com pinturas que simbolizavam sistemas cósmicos.
Detalhes da descoberta arqueológica
Construído com tijolos de barro, o observatório servia para observar e documentar eventos astronômicos, como a movimentação dos astros, do sol às constelações. A recente descoberta foi detalhada pelo Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito na última sexta-feira (23).
No local, foram encontradas cinco salas de tijolos que possivelmente eram utilizadas para armazenar ferramentas, além de quatro pequenas salas de tijolos e uma pequena sala de pedra que servia como a torre do observatório.
Um dos achados mais intrigantes foi um relógio de sol de pedra inclinado, também conhecido como relógio de sombra inclinado. Este instrumento, utilizado na antiguidade para medir o tempo, é considerado uma das ferramentas mais avançadas da época.

Descoberta de tumbas na região de Assuã
Além do observatório, o Egito anunciou recentemente a descoberta de 33 tumbas familiares da era tardia e greco-romana perto de Assuã. Estas tumbas, datadas dos períodos tardio (712 a 332 a.C.) e greco-romano (332 a.C. ao século IV d.C.), contêm restos de múmias que ajudarão a entender melhor as doenças da época, de acordo com o Ministério do Turismo e Antiguidades.
A missão arqueológica que trabalha perto do mausoléu de Aga Khan encontrou ferramentas funerárias e restos de múmias, oferecendo novos insights sobre as condições de saúde daquele período.
Análises das múmias
As múmias descobertas apresentaram sinais de várias doenças, incluindo anemia, desnutrição, doenças pulmonares, tuberculose e osteoporose, segundo Patricia Piacentini, chefe da parte italiana da missão e professora de Egiptologia na Universidade de Milão. Desde 2018, a missão egípcio-italiana tem escavado a área ao redor do mausoléu de Aga Khan, situado na margem ocidental do Nilo, em frente ao centro de Assuã.
Essas descobertas destacam a rica história e o patrimônio cultural do Egito, oferecendo um vislumbre fascinante sobre as práticas científicas e de saúde das civilizações antigas.