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Élcio Queiroz afirmou ter recebido auxílio de pelo menos R$ 5 mil por “meses” do ex-bombeiro Maxwell Simões, o Suel. Em delação, o ex-policial militar disse que a quantia era reduzida mês a mês e deixou de ser paga “do nada”, há mais de um ano.
Segundo ele, o esquema partiu do próprio Suel, que repassava R$ 10 mil por mês a Ronnie Lessa, sendo metade para pagar o advogado de defesa e a outra metade para ajudar nas despesas, já que estaria “passando necessidade”. O valor chegou a ser usado para pagar as mensalidades da escola dos filhos do delator.
“O Suel falou que era dele e que não iria dar mais nada pra ninguém. ‘O Ronnie tá rico, vou dar nada pra ninguém, isso aí é meu'”, relatou Élcio. Ele disse que só parou de receber o valor há cerca de um ano, quando seu processo ficou um tempo sem movimentação.
“Tem quase um ano que não paga nem advogado, nem paga ninguém. Até parou de pagar advogado porque não estava tendo movimentação no processo. Tinha combinado com o advogado quando voltasse a ter movimentação”, prosseguiu.
Ele diz que não tinha contato com o ex-bombeiro e que a mediação era feita pelo colega. “O Ronnie falava que como tinha esse dinheiro que vem pra ele todo mês, ‘faz o seguinte: uma parte iria pagar as mensalidades do advogado, e o outro [sic] você fica pra você, pra te ajudar”, relata
Ronnie e Suel se conheceram em Rocha Miranda, área onde serviram como agentes de segurança. O primeiro era policial militar do 9º BPM e o segundo, bombeiro. Eles viraram amigos e mantiveram uma milícia na região, exercendo principalmente o controle de gatonet.
Suel foi preso nesta segunda (24) na primeira fase da Operação Élpis, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.