“Ele foi aconselhado a sair para deputado”: a agonia do golpista Aécio, vítima de si mesmo. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 11 de março de 2018 às 21:55
Acabou

A história de Aécio Neves é uma fábula moral sobre aonde levam os baixos instintos na política — e, por que não, na vida.

Com todos os sinais à frente de si e o exemplo de Carlos Lacerda no passado, Aécio se atirou numa aventura golpista que acabou por engoli-lo.

Ainda vamos ouvir falar muito dele neste ano. Dificilmente sob um aspecto positivo.

Aécio tenta lutar para concorrer ao Senado, mas esbarra no PSDB. Além, é claro, do desprezo do eleitorado.

A divulgação das conversas com Joesley foram determinantes para seu fim.

“Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação”, disse o jagunço, referindo-se ao primo Fred, mostrando sua verdadeira cara.

No Estadão, o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda, do PSB, antigo aliado, falou das ambições do Mineirinho.

“Por onde passo em Minas as opiniões são que a imagem de Aécio que ficou, justa ou injustamente, muito prejudicada”, afirma, sutil.

Segundo Márcio, “as pesquisas mostram uma rejeição muito grande a ele. Tem sido aconselhado a se candidatar a deputado federal. Eu dei essa opinião a Andrea Neves antes dele enfrentar esse problema mais grave da gravação do Joesley”.

Aécio deve desculpas ao país. Ele e a mana Andrea.

Jamais o farão.

O que torna sua agonia ainda mais patética.