Termino de ler uma biografia de Balzac.
Morreu de tanto trabalhar, aos 51 anos. Ia para a cama às 10 horas, colocava o despertador para acordá-lo às 2 da manhã e trabalhava até o final da tarde seguinte, sob a ação de maciças doses de café.
Ao morrer, conservava intacta a cabeleira negra, mas perdera já todos os dentes.
Fico tocado com as palavras de Victor Hugo no enterro.
Sua vida foi breve, mas plena, e mais rica em obras do que em dias.
Ora! Este trabalhador poderoso e infatigável, este filósofo, este pensador, este gênio viveu entre nós a vida de tempestades, de lutas, de disputas, de combates que é típica dos grandes homens. Hoje o vemos em paz. Ele escapou das controvérsias e dos inimigos. Ele ingressou, no mesmo dia, na tumba e na glória. Daqui por diante ele vai brilhar muito acima das nuvens que flutuam sobre nossas cabeças, entre as estrelas mais cintilantes de sua terra nativa.