O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), o ministro Luís Carlos Gomes Mattos, afirmou que quem deve cuidar das eleições é a Justiça Eleitoral e não os militares. Para o magistrado, as Forças Armadas não devem se envolver com a disputa que ocorre neste ano.
“Não esquecendo que nós temos uma Justiça Eleitoral e ela é a responsável pelo funcionamento real daquilo. Nossa missão é diferente, não temos que nos envolver… temos que garantir que o processo seja legítimo e tudo. Essa é a missão das Forças Armadas”, disse o presidente do STM.
Gomes vai se aposentar nesta quinta (28) por ter completado a idade limite para permanecer no serviço público: 75 anos. Em seu último dia no cargo, ele teve uma solenidade para marcar sua despedida.
“Nós vamos atuar dentro daquilo que está previsto para garantir que o processo seja legitimo e que ao final tenha o respaldo popular”, prosseguiu.
É mais uma manifestação importante de um militar graduado diante dos arreganhos golpistas de Jair Bolsonaro.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse mais cedo na quarta-feira (27) que o ministro da Defesa do Brasil, general Paulo Sérgio Nogueira, afirmou a ele que as Forças Armadas estão focadas em fornecer segurança para garantir uma eleição “segura e transparente” em outubro.