Eles estão num baile. E não é de máscaras, mas de monstros. Por Fernando Brito

Atualizado em 5 de junho de 2020 às 13:04

Publicado no Tijolaço

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Estamos sob ataque de outra epidemia além da do novo coronavírus. Há um surto de estupidez que que as nossas elites financeiras e a mídia contaminaram nosso país e nos leva a um paroxismo de morte e loucura que só não é horrorizante para aqueles que foram fanatizados por todos estes anos de lavajatismo, que levaram o ódio a ser maior que qualquer outro sentimento humano que possuam, ou que tenham possuído um dia.

Ontem, mesmo antes da divulgação de mais um recorde – infelizmente, provisório – de mortes, alertava-se para o absurdo que significava estarem acenando com um volta das crianças às escolas até julho, justo no momento em que são mais necessários os cuidados de evitar-se que os 30 mil contaminados a cada dia se tornem 40 ou 50 mil a cada dia.

E do que se ocupava, neste dia, o Ministro da Educação?

Em lugar de reunir-se com infectologistas para discutir medidas futuras para que a retomada se dê em data e de forma segura, estava promovendo, na saída da Polícia Federal, em fazer um minicomício com uma dezena de bolsonaristas, todos sem máscara facial, para dizer que o vírus é produto do “comunismo chinês”.

Atividade semelhante, claro, à que se desenvolve nos porões do governo federal e e no já famoso SMI – Serviço Miliciano de Informações – plenejando a presença de provocadores para produzirem, no domingo, vandalismos que ajudem a sustentar o discurso ensandecido de que “marginais e terroristas” – segundo o General Mourão – “umbilicalmente ligados ao extremismo internacional”.

Misturam-se, no comando do país, loucos, monstros e bandidos, num baile insano pela morte.

E são poucos, entre eles, os que usam máscaras e não têm a face à mostra.