
A previsão que fiz em texto anterior, publicado neste blog (e que poderia ser feita por um estagiário da Gazeta de Alegrete), vai se confirmando.
Os jornalões vão convocar equipes de forças-tarefa e seus colunistas de ponta para socorrer Malu Gaspar, do Globo. Eliane Cantanhêde, do Estadão, entrou no mutirão em busca de provas contra Alexandre de Moraes sobre o caso Master.
Leiam o que Eliane escreveu às 22h no jornal, que deu manchete para o “furo”:
“Moraes chegou a ligar seis vezes para Galípolo num dia para tratar da venda do Banco Master ao BRB”.

A jornalista informa o seguinte:
“O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes chegou a telefonar seis vezes no mesmo dia para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para saber sobre o andamento da operação de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). A série de telefonemas faz parte de uma das, ao menos, cinco conversas de Moraes com Galípolo sobre o assunto, sendo uma delas presencial.”
Eliane usa o mesmo método de Malu Gaspar. Não há fontes identificadas. Por isso, escreve o seguinte:
“A informação, obtida com pessoas do meio jurídico e do mercado financeiro que ouviram relatos, inclusive de um dos envolvidos, detalha a intensidade da pressão exercida pelo ministro sobre a autoridade monetária em meio à análise do negócio que salvaria a instituição de Daniel Vorcaro, liquidada pelo BC em 18 de novembro sob suspeita de fraudes de R$ 12,2 bilhões. A mulher de Moraes, Viviane Moraes, fechou um contrato de R$ 129 milhões para representar o Master em Brasília, inclusive no BC”.
Teremos todos os dias “provas” lavajatistas anônimas contra Moraes. Está formado o pool Globo-Folha-Estadão contra o ministro.
O jornalismo dos jornalões pode estar, com esse caso, mergulhando em uma crise terrível. Só falta convocarem Fernando Gabeira para a força-tarefa.
