
A manicure Eliene Amorim de Jesus, de 28 anos, é o novo símbolo do bolsonarismo na campanha pelo projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
A escolha de Eliene como novo símbolo da campanha por anistia ocorre após a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos receber permissão para aguardar o julgamento em prisão domiciliar na última sexta (28). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux afirmou que a pena atribuída à bolsonarista é muito alta.
Natural do interior do Maranhão, a bolsonarista é missionária da Assembleia de Deus Campo Miracema e morava em uma quitinete no bairro Angelim, em São Luís.
Antes de sua prisão, a manicure também era estudante de psicologia na Edufor.
A bolsonarista está detida no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na capital maranhense, desde março de 2023.

Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) destacou que Eliene se deslocou do Maranhão até Brasília e acampou nas imediações do Quartel-General do Exército entre os dias 7 e 8 de janeiro de 2023.
Ainda de acordo com a PGR, a bolsonarista permaneceu unida aos demais golpistas e invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes. “A denunciada participou de atos de estrago e destruição”, afirmou.
Eliene foi denunciada pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.
Bolsonaro e Eliane
Em post feito no X neste domingo (30), Bolsonaro disse que Eliene é “manicure, missionária da Assembleia de Deus e estudante de psicologia, presa por acompanhar os acampamentos como pesquisadora”. “Todas as imagens mostram Eliene com papel e caneta na mão”, escreveu.
O ex-presidente ainda diz que ela é “inocente” e que existem “dezenas, talvez centenas, de casos parecidos”. “Por isso, não podemos recuar. Temos que seguir exigindo liberdade e anistia para todos os presos políticos do 8 de janeiro”, afirmou.
– Infelizmente, Débora não é um caso isolado. Existem muitas outras Déboras. Muitas outras mães afastadas arbitrariamente de seus filhos. Muitas jovens com a vida interrompida não por crime algum, mas pelo desejo de vingança de Alexandre de Moraes.
– É o caso de Eliene Amorim de… pic.twitter.com/7PklQWSuh5
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 31, 2025