Elon Musk ameaça suspender do X quem postar “hino” da Palestina

Atualizado em 17 de novembro de 2023 às 22:50
Elon Musk. Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters

Elon Musk disse nesta sexta-feira (17) que termos como “descolonização” e “do rio ao mar” são eufemismos que “implicam necessariamente genocídio” e, por isso, usuários que utilizarem essas expressões serão suspensos do X (antigo Twitter).

A publicação ocorre um dia após Musk endossar o antissemitismo em sua rede social.

“Como disse no início desta semana, ‘descolonização’, ‘do rio ao mar’ e eufemismos semelhantes implicam necessariamente genocídio. Apelos claros à violação extrema são contra os nossos termos de serviço e resultarão em suspensão”, escreveu o bilionário em sua conta no X.

As expressões são frequentemente utilizadas por ativistas que pedem por uma Palestina livre. “Descolonização” reflete ao processo de remover a influência colonial, enquanto “do rio ao mar” ressoa como um apelo pela soberania palestina.

Os termos, no entanto, são interpretados por apoiadores de Israel como uma retórica antissemita e uma chamada para a eliminação do Estado de Israel.

“Do rio ao mar, a Palestina será liberta”

A frase “Do rio até o mar, a Palestina será livre” é frequentemente usada por manifestantes palestinos como uma palavra de ordem que expressa a aspiração pela libertação e independência de toda a terra historicamente associada à Palestina, desde o rio Jordão até o Mar Mediterrâneo.

Na visão de muitos palestinos, essa declaração representa a busca por um Estado palestino soberano e autônomo, livre da ocupação israelense e com controle sobre seu próprio território.

O “rio” refere-se ao rio Jordão, que delimita a fronteira oriental da Cisjordânia, enquanto o “mar” se refere ao Mar Mediterrâneo, que forma a fronteira ocidental de Israel. Portanto, a expressão abrange toda a extensão geográfica da Palestina historicamente reivindicada, incluindo áreas que atualmente fazem parte de Israel.

É importante notar que essa frase também pode ser interpretada de maneiras diferentes por diferentes grupos, e alguns críticos argumentam que seu uso pode ter conotações políticas complexas, incluindo a negação do direito à existência de Israel. Por isso, a interpretação da frase pode variar dependendo do contexto e da perspectiva de quem a utiliza.

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