Prefeitos de cidades de diferentes regiões do Brasil negociaram uma lista de pedidos com o governo federal para usar R$ 13,1 bilhões do orçamento secreto em 2022, ano eleitoral. As solicitações vão de asfalto em rua a trator novo. De acordo com o Estadão, esses pedidos apresentados pelos mandatários municipais podem injetar recursos em redutos de aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), que é candidato a reeleição.
Em uma eleição acirrada como a desse ano, entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os prefeitos acabam se tornando cabos eleitorais importantes. “Nesse cenário, líderes de partidos no Congresso admitem que o orçamento secreto é fundamental para alavancar a candidatura do chefe do Executivo. O esquema, revelado pelo Estadão, prevê a distribuição de recursos de emendas de relator, as chamadas RP-9, sem critérios transparentes, em troca de apoio parlamentar ao governo”, diz o Estadão.
Ainda segundo o jornal, o dinheiro é sempre distribuído para redutos eleitorais de deputados federais e senadores. O bloco de parlamentares fisiológicos, chamado “Centrão”, é quem comanda a destinação dos recursos do orçamento secreto. À frente do Centrão está o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro.
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