No ato bolsonarista realizado em Copacabana neste domingo (7), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o julgamento do pai no Supremo Tribunal Federal representa uma “segunda facada”. Em discurso inflamado, o parlamentar disse que a condenação de Jair Bolsonaro é uma “farsa” e que deve mobilizar apoiadores de volta às ruas em defesa do ex-presidente.
Flávio apareceu com uma camisa estampando o número 2026, ano em que espera ver o pai novamente como candidato à Presidência. Ele comparou a atuação do STF ao atentado sofrido por Bolsonaro em Juiz de Fora, em 2018, e declarou que o processo conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes é um “teatro” para impedir a volta do ex-presidente à política.
O ato foi organizado por Flávio Bolsonaro e pelo pastor Silas Malafaia, com forte adesão de manifestantes vestidos de verde e amarelo na orla de Copacabana. Além de Flávio, estiveram presentes o governador do Rio, Cláudio Castro, e deputados como Alexandre Ramagem (PL), Eduardo Pazuello (PL) e Hélio Lopes (PL). O evento começou às 11h30 com a execução do hino nacional.
Durante o discurso, o senador defendeu que a anistia em discussão no Congresso seja “ampla e irrestrita”, incluindo o próprio Jair Bolsonaro. Segundo ele, a proposta não pode excluir o ex-presidente, já que “todos foram acusados dos mesmos atos na mesma proporção”. Flávio prometeu apresentar um texto que englobe todos os envolvidos, dos manifestantes aos políticos acusados de participação no 8 de janeiro.
Ato bolsonarista na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no 7 de setembro – Reprodução/Flávio Bolsonaro no Youtube
Flávio Bolsonaro também fez ataques diretos ao ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “psicopata” e “ditador”. Disse acreditar que o próprio STF acabará entregando a “cabeça de Moraes numa bandeja”, pois ele teria ido “longe demais” nas decisões contra o ex-presidente e seus aliados. O senador ainda acusou o magistrado de conduzir um processo movido por vingança política.
Em tom de enfrentamento, Flávio encerrou o discurso repetindo que a eventual condenação trará uma nova onda de manifestações. “Esse linchamento que vai acontecer essa semana vai trazer cada um de nós pra rua de novo pra defender a democracia e o maior presidente que esse país já viu. Bolsonaro vai voltar a ser presidente da República em 2026”, afirmou.