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A decisão de Nunes Marques, que devolveu o mandato do deputado federal Fernando Francischini (União Brasil), já tem data para ser julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente da corte, Luiz Fux, confirmou neste sábado (04) que o plenário do Supremo irá deliberar sobre o tema na próxima terça-feira (07).
A data ter sido marcada com tamanha velocidade é uma mostra de que o STF entrou em crise após a decisão do ministro Nunes Marques. Nos corredores da Corte muitos colegas não esconderam a insatisfação e a sensação de uma liminar baseada em visão ideológica ancorada no apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A situação só piorou quando o próprio presidente antecipou o que o ministro indicado por ele faria, em conversas com o deputado federal.
Neste cenário, houve pressão dos ministros para um posicionamento de Fux, já que o presidente do STF foi responsabilizado por isso. É que coube a ele permitir a manobra feita por Nunes Marques para ficar como relator desse processo, enquanto outros achavam que deveria ir para sorteio.
Como o PT acionou a Corte para deliberar com urgência, cancelando os efeitos da liminar e a relatoria do pedido caiu nas mãos de Carmen Lúcia, a ministra encaminhou um pedido para que o presidente do STF colocasse em pauta o tema para ser debatido pelos colegas. Ao perceber o desgaste que o Supremo teve com a liminar, Fux optou por colocar o debate na agenda da próxima sessão.
Fontes ouvidas pelo DCM garantem que a tendência natural é que a liminar de Nunes Marques seja derrubada com ampla maioria, se não, por unanimidade.