Em depoimento à PF, Bento Albuquerque tenta blindar Bolsonaro e muda versão sobre joias

Atualizado em 14 de março de 2023 às 15:54
O ex-presidente da república Jair bolsonaro e o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. Foto: Agência Brasil

Bento Albuquerque mudou sua versão sobre o escândalo das joias em depoimento à Polícia Federal. O ex-ministro de Minas e Energia do governo Bolsonaro depôs nesta terça (14) e sustentou a tese de que desconhecia o conteúdos dos pacotes trazidos por sua comitiva da Arábia Saudita. A informação é do Estadão.

Anteriormente, Albuquerque afirmou que o conjunto de diamantes de R$ 16,5 milhões, apreendido pela Receita Federal, seria para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

“Isso era um presente. Como era uma joia, a joia não era para o presidente Bolsonaro, né… deveria ser para a primeira-dama Michelle Bolsonaro. E o relógio e essas coisas, que nós vimos depois, deveria ser para o presidente, como dois embrulhos”, alegou o ex-ministro.

Ele também já havia deixado claro que o segundo pacote, estimado em R$ 400 mil, era para o ex-presidente.

No dia da apreensão, o próprio ex-ministro foi até a alfândega para liberar as joias. Ele admitiu que o outro pacote entrou no país sem ser declarado e que abriu o conteúdo quando chegou a Brasília.

A PF ainda deve tomar o depoimento do assessor Marcos André Soeiro, que transportava as joias trazidas pela comitiva no aeroporto de Guarulhos (SP).

Assim como o ex-ministro, Bolsonaro também mudou sua versão sobre o episódio. Inicialmente, o ex-presidente atacou a imprensa e disse que não tinha conhecimento sobre as joias. Após ser revelado que ele atuou diretamente no caso para tentar reaver os itens, ele reconheceu que recebeu o pacote.

O caso é investigado pela PF, Ministério Público Federal (MPF), Controladoria-Geral da União e Comissão de Ética da Presidência da República. O Tribunal de Contas da União (TCU) também interveio no caso e parlamentares colhem assinaturas para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Congresso Nacional.

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