Em dúvida sobre a Venezuela? Consulte Janaína Paschoal, a mala da pedagogia reversa. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 30 de julho de 2017 às 12:04
Janaína e um amigo que escapou das garras do bolivarianismo

Leonel Brizola é autor daquela clássica formulação, dita num comício: “Quando vocês tiverem dúvidas quanto a que posição tomar diante de qualquer situação, atentem… Se a Rede Globo for a favor, somos contra. Se for contra, somos a favor”.

Raramente, muito raramente, dá errado.

No caso da Venezuela, que elege uma Assembleia Constituinte neste domingo, dia 30, essa lógica pode ser aplicada à Globo — e, especialmente, à doutora Janaína Paschoal.

Se você titubeia sobre que partido tomar em relação a Maduro, consulte Janaína. É batata.

A autora do pedido de impeachment tem o dom de desqualificar qualquer causa que apoie.

É tragicômico e, ao mesmo tempo, emblemático que ela seja professora da mais importante faculdade de direito do país.

Alçada à condição de estrela pela velha mídia durante os meses que levaram à queda de Dilma, foi vomitada depois do golpe e hoje é ignorada por jornalistas que sabem que se trata de alguém sem qualquer credibilidade.

JP foi mordida pelo mosquito da fama e, como uma ex-BBB, amealhou nas redes sociais algumas dezenas de seguidores batedores de panela.

Refém deles e de sua hiperatividade desqualificada, sem conseguiu se acostumar à discrição e, talvez, em busca de uma tentativa de se redimir diante da farsa que protagonizou ao ajudar a colocar no poder Temer, Aécio e uma quadrilha barra pesada, Janaína pontifica sobre tudo.

É especialmente edificante e didático vê-la deblaterar sobre a Venezuela. Um clássico da pedagogia reversa. Qualquer um vira fã de Maduro no ato.