Em editorial, Folha defende urnas eletrônicas

Atualizado em 15 de maio de 2022 às 7:22
Foto das novas urnas eletrônicas, que serão usadas nas eleições desse ano. TSE afirma que são mais modernas.
Essas serão as urnas eletrônicas utilizadas esse ano, de acordo com o TSE. Foto: Abdias Pinheiro/SECOM/TSE

A Folha publicou um editorial no último sábado (14), em que saiu em defesa das urnas eletrônicas, fazendo críticas contundentes aos ataques praticados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral brasileiro. O texto lembra da importância das urnas e como elas ajudaram a evitar fraudes nas eleições no Brasil.

“Em 1996, quando as urnas eletrônicas começaram a ser utilizadas nos principais colégios eleitorais, havia preocupação com dificuldades que os votantes poderiam ter no manejo da inovação. Os temores se mostraram exagerados, bem como foram poucos os problemas técnicos naquela primeira experiência”, diz trecho do texto.

O documento faz menção a momentos importantes vividos pelas urnas, desde 1996 e depois falou da importância do sistema para um país como  o Brasil. “O país de dimensões continentais, milhares de municípios e imensa população logrou, com tecnologia própria, organizar eleições seguras e de resultados rapidamente conhecidos e reconhecidos, o que contribuiu para a mais duradoura quadra de estabilidade democrática de sua história”.

Em outro trecho, a Folha lembra que nunca houve sequer uma denúncia séria de fraudes. “Ao longo de mais de duas décadas e 13 anos eleitorais, nada se registrou que pudesse amparar as suspeitas que Jair Bolsonaro (PL) lança, interessada e irresponsavelmente, sobre as urnas. Ele próprio conquistou no período cinco mandatos de deputado federal e um de presidente da República —não sofreu derrota, aponte-se, em votações informatizadas”.

Por fim, o editorial lembra que “a alternância de poder tem sido observada em todas as instâncias de governo, o que desmoraliza teses conspiratórias de favorecimento. Os terminais digitais captaram tanto a ascensão do PT nos anos 2000 quanto a onda direitista e antipolítica de 2018. Ontem e hoje, os números apurados mostram aderência consistente às pesquisas de intenção de voto realizadas por institutos independentes”.