Em entrevista a Tucker Carlson, Bolsonaro critica vacinas e minimiza racismo no Brasil: “Sem problemas”

Atualizado em 1 de julho de 2022 às 8:32
Tucker Carlson e Jair Bolsonaro

Em entrevista ao apresentador Tucker Carlson, do canal de TV americano Fox News, o presidente Jair Bolsonaro (PL) espalhou seu negacionismo sobre a vacina contra Covid-19 e sobre o racismo no Brasil. Ele afirmou não ter se imunizado, fez críticas à vacinação e minimizou a existência de preconceito contra pessoas negras no país.

“Se alguém já contraiu o vírus, a vacina realmente não ajuda. A vacina seria inócua. Foi o meu caso. É porque eu não tomei a vacina. Mas comprei vacinas para todos os brasileiros”, disse o brasileiro na conversa, exibida na quinta-feira (30).

Bolsonaro também aproveitou para defender o uso de remédios que não têm eficácia contra a Covid, como a cloroquina e a ivermectina.

Ao falar sobre racismo, o chefe do Executivo disse que o preconceito não acontece “como é frequentemente descrito”, mas usou como argumento para isso o fato de que “a maioria dos nossos jogadores de futebol é descendente de africanos”.

“Há racismo sim no Brasil, mas não como é frequentemente descrito. A maioria dos nossos jogadores de futebol é descendente de africanos. Sem problemas”, declarou.

Outro problema que o presidente tentou diminuir foi o desmatamento na Amazônia. De acordo com ele, o uso de mais tecnologia ajudará a proteger a floresta. “Não dependemos do interesse internacional em preservar a Amazônia. É de nosso próprio interesse e, é claro, queremos que esses esforços de preservação sejam recompensados de alguma forma, por meios como créditos de carbono”, afirmou.

Apoiador declarado do ex-presidente dos EUA Donald Trump, Tucker Carlson está no Brasil durante a semana para a produção de um documentário que investiga o que ele chamou de “crescente influência da China no Brasil”.

Segundo ele, a América Latina está “desabando” diante do avanço da esquerda e o atual presidente americano, Joe Biden, ignora o perigo. Os chineses vão nos transformar numa “colônia” e Bolsonaro é a última fronteira.

Veja o trecho abaixo, em que ele nega a eficácia das vacinas contra Covid-19: