
Só uma coisa.
Quero registrar aqui minha admiração à distância pelos policiais que não se vergaram ao senador Aécio Neves na madrugada do Rio de Janeiro.
Eles agiram exemplarmente.
O Brasil está melhorando. Seria péssimo se o episódio não se tornasse público. Mais uma vez a impunidade triunfaria. Mais uma vez teríamos que suportar a suspeita de que lei é para os homens comuns.
Os policiais jogaram luz sobre um Aécio que está longe de ser o tipo que ele, sob os holofotes, interpreta. Histórias de seus excessos são muito bem conhecidas nas redações e entre seus amigos, muitos dos quais, poderosos, zelam para que nada chegue ao público.
Por obra de policiais anônimos, o dique foi rompido.
É ridícula a defesa que alguns vem fazendo de Aécio. Ele estaria no direito de recusar o teste para não produzir “evidência contra si mesmo”. Isso é uma admissão velada de que ele estava alcoolizado e colocando em risco a vida de inocentes? Isso também quer dizer que só devemos fazer o teste caso desejarmos?
Histórias malcontadas são assim. Novos detalhes só pioram o conjunto.
Aécio tem pretensões de ser presidente. É bom que os brasileiros saibam direito quem é o homem que quer governá-los. A última vez que um político com ares de galã e oratória treinada pleiteou a presidência ele atendia por Fernando. Fernando Collor, e se dizia caçador de marajás.
O resto todos sabemos.