Em meio a bloqueios e atos golpistas, 221 militares pedem intervenção em manifesto

Atualizado em 28 de novembro de 2022 às 12:09
Manifestante em ato golpista que pede intervenção das Forças Armadas. Foto: Reprodução

Um grupo de militares da reserva assinaram um manifesto pedindo uma interveção contra o resultado das eleições presidenciais. São 221 militares, entre eles 46 oficiais generais, 33 da FAB, 10 da Marinha e 3 do Exército.

Eles, que se autodenominam Guardiões da Nação, assinaram uma petição aos comandantes das três Forças na qual pedem que intervenham contra as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que afastou a contestação sem provas feita pelo PL contra a vitória de Lula.

Os “Guardiões” acreditam ter legitimidade para falar por todo o povo e chamam a iniciativa de “pedido de cidadãos”. O grupo defende que o povo brasileiro esteja intimidado, de mãos atadas. O primeiro nome da lista é o do general e deputado federal bolsonarista Eliéser Girão (PL-RN).

Eis o que escrevem: “Em face deste quadro, é natural e justificável que o Povo Brasileiro esteja se sentindo indefeso, intimidado, de mãos atadas e busque nas FFAA os ‘reais guardiões’ de nossa Constituição, o amparo para suas preocupações e solução para suas angústias, como sua última instância, já que não lhe parece evidente o recurso aos instrumentos de tutela jurisdicional, uma vez que a própria autoridade que deveria prestar essa mesma tutela nega-se a atender esses anseios, inclusive utilizando-se da censura”.

“Nosso sentimento, continuado o atual quadro político e institucional, é que nosso Pátria corre um risco elevado de entrar rapidamente em uma convulsão social, com graves reflexos à sua Soberania e na liberdade de seu Povo”, dizem.

“Retornar ao estado de direito e à observância de preceitos constitucionais democráticos fundamentais, como a liberdade de expressão, de ideias e de opiniões; e a garantia de que a vontade do povo, democrática e soberana, seja realizada através de trâmite de trâmite, com processos transparentes, que possam ser auditados e rastreados em todas as etapas, sejam elas de que tipos foram.”

De acordo com a coluna de Marcelo Godoy, no Estadão, petistas procuram um nome que possa comandar o Ministério da Defesa e que tenha uma liderança que acalme a tensão existente na área. Os cotados são Nelson Jobim, Aloizio Mercadante ou Jaques Wagner.

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