Em menos de dois anos, Eduardo recebeu R$ 4,1 milhões e Carlos R$ 4,8 milhões, diz PF

Atualizado em 22 de agosto de 2025 às 9:16
Os irmãos Carlos e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) recebeu R$ 4,1 milhões em menos de dois anos e Carlos Bolsonaro (PL-RJ) movimentou R$ 4,8 milhões em apenas um ano, segundo relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) analisados pela Polícia Federal (PF).

As movimentações fazem parte do inquérito que levou ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu filho Eduardo por coação no curso do processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

De acordo com a PF, entre setembro de 2023 e 5 de junho deste ano, Eduardo Bolsonaro movimentou R$ 4,14 milhões. Em outro recorte, entre 15 de março de 2023 e 21 de fevereiro de 2024, o deputado recebeu R$ 1,08 milhão em créditos e realizou R$ 1,5 milhão em débitos.

O Coaf apontou indícios de lavagem de dinheiro nas transações, que foram incluídos nos Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs).

Carluxo, por sua vez, recebeu R$ 4,8 milhões entre setembro de 2023 e agosto de 2024 e transferiu R$ 4,9 milhões no mesmo período. Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro teve movimentações de R$ 2,9 milhões recebidos e R$ 3,4 milhões transferidos no intervalo de setembro de 2023 a agosto de 2024.

Além disso, a PF apontou que Jair Bolsonaro movimentou cerca de R$ 44,3 milhões em suas contas bancárias entre março de 2023 e junho de 2025.

Segundo a análise, a maior parte das transações ocorreu entre março de 2023 e fevereiro de 2024, quando Bolsonaro recebeu R$ 30,5 milhões, sendo R$ 19,3 milhões em mais de 1,2 milhão de transferências via Pix. No período de dezembro de 2024 a junho de 2025, foram mais R$ 11,1 milhões em créditos. O PL contribuiu com apenas R$ 1,1 milhão neste tempo.

Sendo assim, o clã Bolsonaro, que vive acusando “perseguição política”, vive de fortunas arrecadadas às custas da fé cega de seus seguidores, enganados por uma campanha de arrecadação que prometia pagar multas e advogados. Enquanto posam de vítimas, movimentam milhões em contas próprias e de familiares. O discurso de patriotismo não passa de cortina de fumaça para um esquema milionário que só enriquece a família.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução