
Após intensas negociações, a Argentina formalizou sua adesão à Declaração de Líderes do G20, assinada durante a cúpula realizada no Rio de Janeiro. O documento, que reflete os consensos entre as nações participantes, inclui apelos por um cessar-fogo imediato em Gaza e no Líbano, cenários de conflitos envolvendo Israel, e por uma “paz justa” na Ucrânia, em resposta à invasão russa. Com informações do Metrópoles.
Além disso, a declaração aborda temas como a taxação global de grandes fortunas, um ponto prioritário para o Brasil.
Milei cede e assina documento
A assinatura foi aprovada pelo presidente argentino, Javier Milei, conhecido por suas posições divergentes em relação aos tópicos centrais da declaração. Inicialmente, ele resistiu a aderir à Aliança Global Contra a Fome, uma iniciativa defendida pelo Brasil. Contudo, após conversas com líderes como o presidente francês Emmanuel Macron, o argentino recuou, concordando com a proposta.
Entre os principais pontos de discordância de Milei estavam a Agenda 2030, elaborada pela ONU para promover os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e a tributação sobre grandes fortunas. Ele também se mostrou crítico à atuação estatal no combate à fome. Apesar disso, o resultado final demonstrou uma flexibilização em suas posições.
Milei todo constrangido ao lado do Lula no G20 porque atacou o Lula na campanha, mas na vida real o Lula trata ele com respeito. Estadista é outro nível. pic.twitter.com/JXGsZiChYm
— Pedro Ronchi (@PedroRonchi2) November 18, 2024
Tensão e frieza nas relações bilaterais
A participação da Argentina no G20 gerou apreensão antes mesmo do início do evento, devido às posições contrárias de Milei em relação ao consenso do grupo. A chegada do líder ao Rio foi marcada pela frieza no cumprimento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que chamou a atenção da mídia.
Durante seu discurso, Milei fez referências ao ex-presidente norte-americano Donald Trump, o que resultou em uma recepção pouco calorosa.
Destaques da declaração final
O documento final do G20, composto por 24 páginas e 85 tópicos, apresenta três prioridades centrais:
- Inclusão social e combate à fome e à pobreza.
- Desenvolvimento sustentável, transições energéticas e ação climática.
- Reforma na governança global.
A inteligência artificial (IA) também foi tema da declaração. Os países participantes destacaram a necessidade de uma governança regulatória que promova a inovação, ao mesmo tempo que minimize riscos.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line