Eduardo Gianetti da Fonseca, economista de 65 anos e duas vezes vencedor do Prêmio Jabuti, tomou posse na Academia Brasileira de Letras (ABL) na última sexta-feira (12). Em seu discurso, ele afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é, “quando muito, estrume a adubar o futuro do Brasil”.
Gianetti é o quinto imortal a tomar posse na Academia Brasileira de Letras só em 2022. A partir de agora, ele vai ocupar a cadeira de número 2, que estava vazia desde o ano passado. Antes, o assento pertencia a Tarcísio Padilha, que morreu em setembro de 2021, vítima da Covid-19.
Também membro da Academia, Gilberto Gil elogiou Gianetti: “É um intelectual com fôlego enorme, livros muito importantes escritos. Uma atuação já de muito peso”, disse o cantor e compositor baiano.
O economista lamentou a situação atual do Brasil, na qual “a democracia está afrontada, a obscena desigualdade agravada, a floresta violentada”. Mas ele vê com esperança o futuro do país em curto prazo: “O Brasil, quero crer, está grávido, no limiar de um parto temporão de cidadania”.
Ao fim de seu discurso, Gianetti cutucou Bolsonaro: “O que aí está, a apodrecer a vida, não pode durar. Porque não é nada, quando muito, é estrume para o futuro. Vocês sabem do que estou falando”.
Veja um trecho do discurso de Gianetti durante a cerimônia de posse na ABL:
O estrume do futuro pic.twitter.com/lcGtqUQwTW
— Maria Cristina Fernandes (@mcfernandes) August 21, 2022