Publicado no Facebook
Por Luis Felipe Miguel
Faço parte do contingente de brasileiros que não podem votar no domingo.
Se eu pudesse votar, como já disse aqui, teria em mente que estamos atravessando o momento mais desafiador de nossa história recente.
Nas Câmaras de Vereadores. precisamos de representantes que saibam lutar contra os retrocessos nos direitos, contra o sucateamento do serviços públicos, contra a colonização das prefeituras por milícias e igrejas.
Eu escolheria candidatos experimentados na luta, capazes de fazer face a esse cenário.
Que tivessem clareza de que mandatos parlamentares devem ser instrumentos da luta social, nunca o contrário.
E com compromissos comprovados com a democracia, com a educação, a ciência e a cultura, com o combate às opressões e desigualdades e com os direitos.
Em especial, comprometidos com aqueles direitos pelos quais temos que lutar sozinhos, já que não contam com a simpatia dos liberais “autênticos”, da mídia “avançadinha” ou do centro “civilizado”: os direitos dos trabalhadores.
No momento em que vejo tantas candidaturas do campo progressista focando suas campanhas em apelos identitários, é bom não esquecer de cobrar identidade com a classe trabalhadora e com sua luta.
De resto, para as prefeituras, se não desse para juntar as duas coisas, votaria útil ou por convicção conforme as circunstâncias.
Se eu votasse em São Paulo, votaria em Boulos e Erundina. Se votasse no Rio, votaria na Benedita. Se votasse em Porto Alegre, votaria na Fernanda Melchionna. Se votasse em Belo Horizonte, votaria no Nilmário. Se votasse em Florianópolis, votaria no Elson. Se votasse no Recife, votaria na Marília. Se votasse em Juiz de Fora, votaria na Margarida Salomão.
Como estou em Brasília, acho que vou votar num malbec argentino para acompanhar as apurações pela internet.