Em redação, aluno de 16 anos ameaça assassinar professora em escola de BH

Atualizado em 12 de abril de 2023 às 9:33
Escola Estadual Carlos Góes, no Bairro Boa Vista. (Foto: Reprodução)

Uma professora da Escola Estadual Carlos Góes, no Bairro Boa Vista, em Belo Horizonte, reportou que recebeu uma ameaça de morte de um aluno do 9° ano do ensino fundamental. Na redação, feita e entregue pelo adolescente de 16 anos à professora, o jovem descreve como mataria a docente. 

A educadora, que preferiu não se identificar, é professora de redação e língua portuguesa do colégio. Ela contou que no início do ano letivo fez uma série de atividades para elaborar um diagnóstico de aprendizado da turma. Uma dessas atividades era escrever um texto em formato de conto, com tema livre. De acordo com ela, o rapaz não participou dessa atividade por não estar presente. A redação dele só foi escrita quando a professora pediu que os alunos reescrevessem o texto. Ela só percebeu a ameaça quando foi ler as redações, em 20 de março.

“Quando ele me entregou o texto, disse que tinha sido muito criativo. E depois disso ficou muito insistente, perguntando se eu já tinha lido o texto. Ele escreveu um texto narrando meu assassinato, dando detalhes e no final era ele o assassino”, disse a professora. “Ele não tem limite, filtro para nada, é muito explosivo. Ele está fora da faixa etária, tem 16 anos e está no 9° ano. A família dele é extremamente problemática”.

Segundo ela, o jovem já teria causado outros problemas na instituição de ensino. Entretanto, a educadora disse que mesmo com os recorrentes avisos que fazia ao colégio, nenhuma atitude foi adotada.

“Quando eu expus para a direção o caso, nem a patrulha escolar foi chamada. O vice-diretor até falou comigo que isso era (uma ameaça) ‘da boca para fora’ e que o aluno não ia fazer nada. Me senti totalmente desamparada”, disse. A docente não vai à escola desde 24 de março (data que tomou ciência da ameaça) por medo.

Fachada do colégio Carlos Góes. (Foto: Reprodução)

O estudante também já teria se envolvido em confusões com outros professores. Segundo colegas de sala, a ameaça feita poderia ser para mais da metade da escola, contra professores e outros estudantes.

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, em nota, afirmou que o serviço de inspeção escolar da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana A, responsável pela coordenação da escola, está acompanhando o caso e que todo apoio à docente será prestado, bem como ao estudante e aos seus responsáveis legais.

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